quarta-feira, maio 16, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
João Cravinho

Depois de anos de hibernação João Cravinho parece querer voltar à ribalta à custa de Sócrates e fá-lo dirigindo ao ex-primeiro-ministro acusações de que se calou enquanto deputado. Recorde-se que João Cravinho foi eleito pelas listas do PS quando Sócrates era secretário-geral e que não cumpriu todo o mandato de deputado porque, entretanto, foi para administrador do BEI, por onde esteve, nunca mais aparecendo nas conferências sobre corrupção.

É caso para perguntar a Cravinho porque aceitou o cargo de administrador do BEI em vez de ter ficado em Portugal a lutar contra a corrupção. Ou porque motivo em vez de denunciar na época o que agora acusa Sócrates optou por aceitar um tacho muito bem remunerado para onde foi graças a Sócrates.

«João Cravinho volta a assumir críticas aos comportamentos de José Sócrates e recorda que o antigo primeiro-ministro sempre foi uma força de bloqueio a medidas de combate de corrupção. Em entrevista à TSF, o histórico do Partido Socialista (PS) recorda mesmo o momento em que, enquanto deputado, apresentou um pacote legislativo que não contou com o apoio de Sócrates, “porque era ele que dava orientações à direção da bancada parlamentar do PS”. Um exemplo, diz, que o levam a concluir que “Sócrates, como primeiro-ministro, não se interessou pelo combate à corrupção”. Mais: “Ele não quis que se aperfeiçoasse o sistema e por isso, ainda hoje o sistema de combate à corrupção anda sem rei nem roque”.» [Observador]

 Aumentos salariais

A partir de agora os patrões vão defender que em vez de aumentarem o salários é melhor empregar mais trabalhadores. Qualquer patrão quer mais produção com os mesmos custos e o argumento de António Costa veio mesmo a calhar. Aliás, veremos como vão responder os patrões quando António Costa defender um novo aumento do salário mínimo. O primeiro-ministro da Geringonça usou um argumento que nem um governante da direita teria a coragem de usar.

Veremos se os votos que Costa ganha na direita com esta viragem ideológica dão para compensar os que vai perder à esquerda e em especial daqueles que são vítimas das suas novas ideias em matéria de atualizações salariais.

      
 Joana Marques Vidal partidarizada
   
«Ao contrário da sua vice-presidente Elina Fraga, que na edição de sábado do Expresso afirmava ter “absoluta confiança na procuradora-geral” da República, e da vontade expressa por vários deputados do partido,  o líder do PSD recusou ontem comentar o mandato e eventual recondução de Joana Marques Vidal. Contactado pelo PÚBLICO, o líder social-democrata fez saber que considera a questão extemporânea, lembrando que o mandato da actual procuradora-geral da República só termina em Outubro e que se referirá ao assunto “a seu tempo”.

A questão da recondução de Joana Marques Vidal volta a ganhar um interesse especial numa altura em que o caso Sócrates, a que o seu mandato fica já indelevelmente ligado, regressou com estrondo à ordem do dia e num momento em que o próprio Rui Rio se prepara para dedicar um mês ao sector da Justiça, que diz precisar de uma reforma “séria e integrada, e que abranja os vários sectores da sociedade”.

Este fim-de-semana, quando questionada sobre o tema, a vice-presidente do PSD Elina Fraga manifestou ao Expresso a sua “confiança total na procuradora-geral da República, na sua independência, assim como na independência nos magistrados judiciais e do Ministério Público em geral”. A ex-bastonária da Ordem dos Advogados, convidada por Rio para uma vice-presidência do partido numa escolha muito contestada no último congresso, criticou a intervenção da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, que em Janeiro - também numa entrevista, mas à TSF - sugeriu que o mandato da procuradora-geral da República não seria renovável. “Discussão inusitada”, “antecipações inusitadas de cenários futuros” que fragilizam os magistrados do Ministério Público e a procuradora-geral da República, censura Elina Fraga, para quem ainda não era chegada a hora de abrir esse debate.» [Público]
   
Parecer:

É cada vez mais óbvio que Joana Marques Vidal interessa ao PSD.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

 Ter dinheiro numa off-shore é crime
   
«Quando nos idos de Março de 2015 estala na Europa o caso Swissleaks, alguns nomes chamam a atenção entre os milhares de alegados antigos clientes secretos do HSBC Private Bank. Os ficheiros dos Panama Papers estavam a um ano de começar a expor com estrondo uma miríade de esquemas de planeamento e evasão fiscal através de sociedades offshore. O caso com epicentro em Genebra não agita como agitará o escândalo do Panamá, mas levanta a ponta de um véu comprido, põe o dedo na ferida em relação ao segredo bancário suíço, pressiona os governos europeus a reagirem.

Em Portugal, um nome passaria despercebido não fosse a TVI descobrir nos documentos da filial suíça do britânico HSBC a ficha bancária de Filomena Martinho Bacelar, uma inspectora de Finanças colocada num ponto-chave do controlo estratégico da administração financeira do Estado, referida na investigação jornalística como alegada detentora em 2006/2007 de uma conta suíça ligada à sociedade offshore Bordel Investment Holding Limited, do paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.

Três anos depois das revelações, a inspectora mantém-se na Inspecção-geral de Finanças (IGF) como chefe de equipa com direcção operacional, a quem o inspector-geral, Vítor Braz, tem renovado a confiança sucessivamente. Fê-lo em 2016, 2017 e este ano voltou a fazê-lo, decidindo manter na sua alçada responsabilidades no controlo das parcerias público-privadas (PPP) e da promoção da transparência na gestão das empresas públicas.» [Público]
   
Parecer:

Alguns jornalistas ignoram tudo nesta caixa às bruxas.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao diretor de informação do Público se ´+e crime ter dinheiro numa off-shore e se pode garantir que o grupo SONAE não usa nenhuma conta off-shore..»