sexta-feira, maio 11, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República

Nunca na história da democracia portuguesa um Presidente da República respondeu poucas horas depois em nota oficial a uma intervenção de um deputado e muito menos de um deputado do BE, ainda por cima para dar uma cambalhota num veto presidencial.

Marcelo Rebelo de Sousa não tem argumentos para alterar a sua posição, nada de substancial mudou na banca portuguesa num ano, o que o Presidente da República percebeu é que a sua posição era insustentável e ao sentir-se na posição de defensor de um sigilo que apenas protege quem foge ao fisco, apressou-se a dar a sua cambalhota, antes que diminuíssem os likes.

      
 Que venha para Lisboa
   
«A reacção dos habitantes do bairro berlinense de Kreuzberg aos planos do Google para instalar na zona um novo campus não deixa margem para dúvidas. “Fuck off Google” é apenas um dos muitos escritos nas paredes do bairro que indiciam que, ao contrário do que sucedeu noutras cidades onde já se instalou – como Londres, Madrid, Varsóvia, Telavive, Seul ou São Paulo –, na capital alemã a gigante norte-americana não terá vida fácil.

A contestação ao projecto que visa criar uma nova comunidade de empreendedores tem crescido nos últimos meses e a abertura do campus, que chegou a estar prevista para Setembro de 2017, foi entretanto empurrada para o Outono de 2018. Desde que foi anunciado, os habitantes deste bairro da antiga Berlim Ocidental – tido como um dos emblemáticos e criativos, onde coabitam estudantes e artistas, punks e antifascistas e a maior comunidade turca da cidade – recusaram receber o Google de braços abertos e no último ano organizaram-se para evitar que isso aconteça.

Desde palestras e manifestações à distribuição de jornais “Contra o Google, o desalojamento e o domínio da tecnologia”, há uma série de entidades locais activamente envolvidas no que dizem ser uma “ameaça ao seu modo de vida”, escreve o Guardian. Numa reportagem onde recolheu depoimentos que explicam o porquê da antipatia pela empresa californiana presidida por Sundar Pichai, o jornal britânico recorda que o preço das casas na capital alemã é um dos temas mais sensíveis do momento, tendo em conta que 85% dos habitantes vivem em casas arrendadas.» [Público]
   
Parecer:

De resto, em Lisboa as casas já são caras e a verdade é que muitos lisboetas que as vendem ou alugam até agradecem.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Proponha-se Lisboa.»
  
 Afinal nem todo o emprego criado é mau
   
«O número de trabalhadores por conta de outrem que ganham três mil euros ou mais líquidos por mês disparou 30% no primeiro trimestre deste ano face a igual período de 2017 e atingiu o maior valor das séries do Instituto Nacional de Estatística (INE). Este grupo de trabalhadores mais abonados tem agora 37,5 mil pessoas.

Um reforço que ajudou a que o salário líquido médio da economia subisse 3,5%, fixando-se em 876 euros mensais, o maior aumento em sete anos. Os salários mais baixos (menos de 600 euros) estão a perder peso.

De acordo com o primeiro inquérito trimestral ao emprego deste ano, ontem divulgado pelo INE, somam-se os sinais de que as condições do mercado de trabalho estão a melhorar. A taxa de desemprego total baixou para 7,9% da população ativa, o registo mais baixo em dez anos; o desemprego jovem, embora continue entre os maiores da Europa, caiu para 21,9%, também o valor mais baixo da série do INE que remonta ao início de 2011. O número de desempregados que procuram emprego há um ano ou mais (longa duração) recuou mais de 28%.» [DN]
   
Parecer:

Estes dados poem fim à lenga lenga dos maus empregos.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Quem poderia adivinhar
   
«Teodora Cardoso dá nota positiva à política orçamental de Mário Centeno traduzida no Programa de Estabilidade (PE) 2018-2022. O Conselho das Finanças Públicas (CFP) considera que a estratégia do Governo no documento entregue em Bruxelas foi uma "opção correcta" por quebrar com más práticas do passado. No entanto, nos pormenores, o CFP deixa mais avisos do que elogios. 

O Bloco de Esquerda não queria um défice de 0,7% este ano, a meta actualizada por Centeno no Programa de Estabilidade. A vontade dos bloquistas não foi em frente e, para o CFP, essa foi uma "opção correcta" para o futuro do país. "O Programa de Estabilidade adopta a opção correcta em matéria de política orçamental, ou seja, uma postura globalmente contra cíclica que implica a redução do défice e do rácio da dívida nas fases favoráveis do ciclo económico", lê-se na análise do Conselho às contas do PE2018.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:

A Dra. Teodora até já elogia Centeno.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Ou há moralidade...
   
«O conselho de remunerações do BCP vai levar à assembleia-geral de 30 de Maio uma proposta para o pagamento extraordinário de 4,9 milhões de euros para os fundos de pensões dos actuais administradores executivos do banco.

Uma decisão que está a ser aproveitada pelo Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) para reclamar a "imediata restituição dos valores retidos dos vencimentos dos trabalhadores do BCP".

Em comunicado, o sindicato valoriza "que o Conselho de Administração tenha um sentimento de optimismo tão relevante sobre a actual e futura situação do BCP", pelo que entende que a restituição dos vencimentos dos trabalhadores também deve ser deliberada na AG, bem como uma contribuição de 4.920.236 euros "para o Fundo Complementar de Pensões dos trabalhadores do BCP, cuja contribuição se encontra suspensa".

"Entendemos que argumentos mais válidos existirão para a atribuição de tais "prémios" aos trabalhadores, os quais, em primeira instância, estiveram sempre na linha da frente e a defender a imagem do BCP, muito antes da actual administração estar em funções", afirma Paulo Marcos, presidente do SNQTB, citado no comunicado.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:

Parece que os administradores do BCP se querem abotoar sozinhos.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»

 Quem é esta senhora?
   
«A jornalista Manuela Moura Guedes apelou ao Ministério Público para que abra um inquérito ao comportamento do ex-Procurador-Geral da República Pinto Monteiro por este ter alegadamente "abafado investigações" ao antigo primeiro-ministro José Sócrates.

Manuela Moura Guedes acusou Pinto Monteiro e Cândida Almeida de "terem feito tudo para abafar" os casos que envolviam o antigo primeiro-ministro José Sócrates, que acusou de "controlar a Justiça" e solicitou uma investigação ao Ministério Público.

"José Sócrates conseguiu controlar a Justiça. O Procurador-Geral da República é indicado pelo primeiro-ministro e nomeado pelo Presidente da República. Indicou Pinto Monteiro que tudo fez para abafar os casos complicados de José Sócrates, ele e Cândida Almeida, que estava no DCIAP, com a ajuda de quem estava a investigar em Setúbal o caso Freeport, a inspectora Alice", disse Manuela Moura Guedes, em entrevista, na quarta-feira, à Edição da Noite da SIC Notícias.» [Público]
   
Parecer:

Tenho ideia de já a ter visto... mas parece que teve um acidente e ia no banco da frente.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 E agora
   
«O Tribunal na Relação de Lisboa decidiu esta tarde de quinta-feira enviar o processo do ex-vice-presidente Manuel Vicente para Angola. Vicente foi acusado em Portugal do crime de corrupção ativa de uma magistrado do Ministério Público, Orlando Figueira, que está a agora a ser julgado no Campus de Justiça. Mas a defesa recorreu, alegando que o arguido não foi constituído arguido nem notificado da acusação. Além disso, gozava de imunidade política.

O Ministério Público (MP) acusou Manuel Vicente dos crimes de corrupção ativa, branqueamento de capitais e falsificação de documento no âmbito da Operação Fizz. Mas, no início do julgamento, o tribunal decidiu separar os indícios recolhidos contra ele para um processo autónomo. O julgamento dos restantes arguidos avançou e conta já com mais de 40 sessões, com o magistrado Orlando Figueira, acusado de ter sido corrompido por Manuel Vicente para arquivar os processos que tinha em mãos contra ele,  e com o advogado Paulo Blanco e o representante legal de Vicente em Portugal, Armindo Pires, acusados também do crime de corrupção por terem alegadamente intermediado os dois.» [Observador]
   
Parecer:

Esta decisão coloca a PGR numa posição difícil, depois de quase serem destruídas as relações com Angola o processo vai mesmo para Luanda.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento à PGR.»