quarta-feira, dezembro 27, 2017

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Hugo Soares, líder parlamentar apalermado do PSD

Se Hugo Soares não existisse tinha de ser inventado, algo que nem seria difícil pois em termos inteletuais nem seria necessária muita matéria-prima. Imagine-se que a mensagem de Natal era uma oportunidade para que  que António Costa "demonstrar ser ainda capaz de fazer aquilo que é preciso fazer em Portugal", subentendendo-se que aquilo de que Portugal precisa é do que Passos Coelho defendia e o PSD continuará a defender, até que para engrandecer o sucessor comecem a dizer que ele tinha ideias erradas.

Enfim, Hugo Soares perdeu mais um a oportunidade para mostrar que tem um mínimo de aptidões para desempenhar o cargo de líder parlamentar do PSD, evitando ficar na memória como um palerma que esteve no cargo durante alguns meses e porque com a queda previsível de Passos ninguém se ofereceu para o cargo.

«O líder parlamentar do PSD considerou hoje que a mensagem do primeiro-ministro foi uma "oportunidade perdida" para António Costa "demonstrar ser ainda capaz de fazer aquilo que é preciso fazer em Portugal".

"O senhor primeiro-ministro perdeu, mais uma vez, uma oportunidade de demonstrar ser ainda capaz de fazer aquilo que é preciso fazer em Portugal", disse Hugo Soares, destacando que "a maioria está esgotada nela própria e há só um objetivo de António Costa, a sua manutenção do poder".

O líder parlamentar do PSD, que reagia em Viana do Castelo à mensagem de Natal de António Costa, adiantou que o primeiro-ministro "não foi capaz de trazer nada de novo ao discurso político".» [DN]

      
 Ainda ficamos sem "capitão"
   
«A responsável da Unidade Central de Coordenação do Tesouro afirmou em tribunal que há contribuintes que estão detidos por com infracções fiscais menos graves do que as do futebolista português Cristiano Ronaldo.

"Temos na prisão pessoas que não pagaram 125.000 euros", afirmou Caridad Gómez Mourelo em tribunal, em 7 de Dezembro.

Nas declarações, divulgadas nesta terça-feira pelo jornal El Mundo, a responsável pela Unidade Central de Coordenação do Tesouro, considerou "importantíssima" para o fisco espanhol a verba de quase 15 milhões de euros que é imputada a Cristiano Ronaldo.

O internacional português do Real Madrid, que já está a ser julgado, é acusado de ter, de forma "consciente", criado empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas, para defraudar o fisco espanhol em 14.768.897 euros, cometendo quatro delitos contra os cofres do Estado espanhol, entre 2011 e 2014.» [Público]
   
Parecer:

mas não era o Lobo Xavier que dizia que estava tudo muito bem e que era tudo um problema de interpretação.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Solicite-e um comentário ao advogado tuga de Ronaldo.»
  
 Não tenhais medo
   
«“A minha presença aqui traduz a presença de todos os portugueses. Todos me pediram para estar presente - mesmo os que não me pediram. Ainda ontem à noite me disseram no Barreiro: ‘leve um abraço’”. E Marcelo levou (à letra). Beijos e abraços. E os afectos: “Não tenham medo de dizer afecto. Ou amor”, disse o chefe de Estado.

“Não esquecerei o que vivemos. Não parecem seis meses, parecem uma eternidade para quem os viveu”. A tragédia deixou marcas - nas casas, algumas já recuperadas; nas florestas, ainda pretas até ao horizonte nos deixar ver; e nas almas, sabe-se lá até quando, até onde. “É uma saudade muito dolorosa”, reconhecia Marcelo, depois de andar passo a passo a distribuir uma palavra por cada familiar, por cada vítima presente.

“Hoje é o dia de agradecer ao sr. Presidente”, disse Nádia Piazza, repetindo a palavra que só não estranhamos naquele sotaque brasileiro. “Ele tem o que de mais rico e nobre uma pessoa pode dar: o amor”.» [Público]
   
Parecer:

Este presidente é uma espécie de Papa da República, até já se inspira nas máximas de João Paulo II.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Vamos para Espanha
   
«Mariano Rajoy, presidente do Governo espanhol, celebrou um acordo com os parceiros sociais esta terça-feira, 26 de Dezembro, que coloca o salário mínimo nos 850 em 2020, ainda que as actualizações estejam dependentes da evolução da economia, de acordo com a imprensa espanhola.

Em 2018, o salário mínimo vai aumentar 4% para 735,9 euros, segundo o acordo firmado. Esta actualização deverá abranger mais de 530 mil pessoas e terá um impacto de 33,2 milhões de euros nas contas da Segurança Social.

Nos anos seguintes haverá novos aumentos do salário mínimo, ainda que estejam dependentes de um crescimento da economia de, pelo menos, 2,5% por ano. Prevê-se ainda a criação de 450 mil postos de trabalho por ano até 2020, altura em que o salário mínimo deverá ser fixado nos 850 euros.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:

Por cá os patrões dos ordenados baixos querem ficar com os benefícios dos aumentos de produtividade e do crescimento só para eles.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 Imagem duvidosa
   
«“A fotografia que partilha connosco não se coaduna com a nossa política, valores e princípios pelos quais A Padaria Portuguesa se rege. Diariamente oferecemos as sobras de todas as lojas a organizações e associações, nomeadamente a Reefood e Comunidade Vida e Paz”. É desta forma que a empresa se tem estado a defender perante os inúmeros internautas que têm deixado mensagens nas contas oficiais da padaria nas redes sociais.

Infelizmente a loja da Graça não aplicou as diretrizes que lhes foram transmitidas pelo que iremos proceder a uma análise interna de forma a apurar responsabilidades e tomar as devidas medidas corretivas“, completa a empresa.

Esta é mais uma polémica que se vem juntar a outras duas que rebentaram este ano. Logo no início de 2017, Nuno Carvalho, sócio-gerente d’A Padaria Portuguesa, questionado sobre o salário mínimo e a votação da Taxa Social Única, revelou que 25% dos colaboradores recebiam o salário mínimo “em regime de transição” e defendeu a maior “flexibilização da contratação, do despedimento e do horário extra de trabalho“. Esta revelação e a forma como falou geraram indignação. Daniel Oliveira foi uma das vozes críticas: “Um País desigual é isto: cada um vive na sua bolha e, quando fala para a televisão, julga que quem o está a ouvir partilha as suas prioridades”.

Mais recentemente, em outubro, o mesmo sócio-gerente voltou a gerar indignação quando, em entrevista ao Dinheiro Vivo, disse que a empresa faz “investimento a sério nas pessoas”. “Somos muito informados e tratamos as pessoas como pessoas. Criamos um espírito de equipa que vale muito mais do que a remuneração base”, disse Nuno Carvalho. “Isto é o que nos faz ser uma grande empresa. Atender 40 mil pessoas todos os dias com funcionários insatisfeitos não seria possível”, rematou.» [Observador]
   
Parecer:

Ninguém com bom senso acredita que uma empresa minimamente séria, mesmo que não tenha quaisquer preocupações sociais vá atirar uma carrada de bolos-rei no lixo, colocando-os à vista de toda a gente, num tempo em que cada cidadão é uma espécie de paparazi, sempre pronto a fotografar ou filmar e colocar as imagens nas redes sociais.

A imagine dos bolos-rei no caixote do lixo lembra um filme que passou nas televisões onde uma super lesma nadava alegremente num prato de sopa, o que faz supor que  em Portugal há uma nova lema que resiste à fervura e às varinhas mágicas.

Sejamos minimamente inteligentes, algum idiota da empresa, muito provavelmente alguém que ganha o salário mínimo, estava cheio de pressa e nem pensou no que estava a fazer ou algum concorrente vizinho teve uma ideia brilhante e tramou a Padaria Portuguesa.

O mais curioso é o Observador, um jornal tão amigo das empresas e das ideias liberais que crucifica os responsáveis da Padaria Portuguesa e até reproduzem declarações antigas para ajudar ao auto de fé em que se condena e queima a empresa.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»