terça-feira, julho 04, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Assunção Cristas

A candidata á autarquia de Lisboa foi a Belém só para que a ressonância do palácio tornasse mais forte o seu pedido de demissão de dois ministros e a forma como o fez, sugerindo que António Costa foi embora. Naturalmente a líder do CDS não tem férias.

«A líder do CDS-PP pede a António Costa que demita os ministros da Defesa e da Administração Interna, na sequência do que considerou ser os falhanços na gestão da crise de Tancos e dos incêndios.

"Estes ministros não souberam estar à altura das suas responsabilidades, as demissões são inevitáveis e temos de o dizer sem hesitações e sem rodeios: senhor primeiro-ministro, volte e demita-os", exigiu Assunção Cristas, após ser recebida, a seu pedido, em Belém pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Em conferência de imprensa, após a reunião, Cristas argumentou que após a tragédia de Pedrógão Grande e o furto de armamento em Tancos, há "uma crise de autoridade, há uma crise de comando" e há "uma crise de confiança" e esta "só será resolvida com a demissão destes ministros".» [DN]

      
 Era de esperar
   
«O protesto visa diretamete Marcelo Rebelo de Sousa, cujo silêncio sobre este caso se prolonga desde que foi noticiado o roubo, na quinta-feira, mas tem como alvos principais o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e o CEME, Rovisco Duarte, que anunciou a exoneração dos cinco comandantes em direto numa entrevista à RTP, sem antes ter contactado os visados.

As instruções para os manifestantes são rigorosas: de acordo com o email que começou a circular esta segunda-feira, os oficiais devem estar fardados, com o "uniforme nº1, sem condecorações, só com os crachats de especialidade", para além de levarem as espadas, que simbolizam o comando de oficiais.

Note-se que não é comum os oficiais das Forças Armadas manifestarem-se fardados. Nas ações de protesto convocadas pela Associação dos Oficiais das Forças Armadas, esta organização opta, em regra, por manifestações à civil. Mas a ação da próxima quarta-feira não está a ser convocada por qualquer organização formal, mas por oficiais que expontaneamente decidiram reagir contra a "ignomínia" de que estão a ser alvo os cinco militares exonerados.» [Expresso]
   
Parecer:

É tempo de se acabar com esta mania nacional do rolar cabeças.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»