domingo, junho 04, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Rui Moreira, populista anti-partidos da direita do Porto

Só um paspalho se lembraria de sondar um ministro do Ambiente para ser seu vereador de segunda na CM do Porto. Este Rui Moreira é mesmo um traste.

«Na longa entrevista hoje publicada no Expresso, Rui Moreira deixa implícitos os contactos estabelecidos com membros do atual Governo para incorporarem a sua próxima lista às eleições autárquicas. Embora nos últimos tempos tenha sido referenciado também o nome de José Alberto Azeredo Lopes, ministro da Defesa, a verdade é que a hipótese de um convite ao ex-chefe de gabinete de Moreira não terá sido equacionada.

Mais forte seria a possibilidade de um regresso ao Porto do ministro do ambiente, João Pedro Matos Fernandes. Diretamente confrontado com essa possibilidade, Rui Moreira não confirmou, nem desmentiu.Contactado esta manhã pelo Expresso, Matos Fernandes não quis proferir qualquer comentário.

Na entrevista, que pode ser lida na íntegra edição em papel, quando perguntado se admitiu a hipótese convidar alguém do atual governo, Moreira respondeu :”Eventualmente”.

Logo de seguida é-lhe apresentado o nome de Matos Fernandes e o presidente da CMP, sem em nenhum momento negar o convite, diz aos jornalistas para não lhe pedirem para se pronunciar sobre a matéria, até porque, sublinhou “há aqui questões de princípio de lealdade e de ética. É a mesma razão pela qual eticamente estaria mal eu revelar o conteúdo da conversa que tive com António Costa, ou dizer que era mentira, quando era verdade”.» [Expresso]

 Passos Coelho ridículo

Passos Coelho insistem em tentar dar a volta ao buraco em que se meteu atacando sistematicamente Mário Centeno. Passos falhou redondamente nas críticas e percebe que para derrubar este governo teria primeiro que derrubar o ministro das Finanças. Acontece que Centeno tem mais prestígio nacional e internacional do que qualquer outro que tenha passado pelo seu ministério, os ataques doentios do PSD a Centeno vão acabar por se virar contra este partido.

 Toques na bola



      
 Mais uma trampa
   
«Corria o ano de 2009 quando Donald Trump, Presidente dos EUA que "rasgou" recentemente o Acordo de Paris, pediu a Barack Obama, então líder da nação, a atuar relativamente às alterações climáticas.

Pode parecer estranho, dada a recente decisão de Trump, mas aconteceu. Numa carta aberta numa edição de 2009 do The New York Times, Trump e outros empresários pediam a Obama para agir relativamente à legislação sobre o clima, ao investimento em energias "limpas" e para liderar o mundo no combate às alterações climáticas.

A assinatura da carta não vai de encontro às atuais visões de Trump, que se tem revelado muito cético relativamente à questão das alterações climáticas. O Senador Tom Carper, do Delaware, foi rápido a relembrar Trump da sua mudança de opinião ao longo dos anos. Carper é um dos membros principais do Comité para o Ambiente, no Senado norte-americano.» [DN]
   
Parecer:

Este Trump é mesmo um asno.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 A culpa é do Sócrates
   
«O dia 28 de Maio de 2007 foi o começo do fim de um ciclo no Banco Comercial Português (BCP) dominado pelo grupo de Jorge Jardim Gonçalves, o fundador, e que culminou no seu afastamento antes do ano terminar. Mas naquele final de Maio decorreu aquela que será, porventura, a Assembleia-Geral (AG) mais mediática do sector bancário. E que ficou marcada por um episódio que, dez anos depois, muitos ainda recordam: à saída, o investidor Joe Berardo levantou o braço e fez o “V” de vitória.

O gesto tinha significado. Após meses de luta de bastidores, o grupo formado por Joe Berardo, Nuno Vasconcelos e Rafael Mora, da Ongoing, António Mexia, líder da EDP, Carlos Santos Ferreira, então líder da Caixa Geral de Depósitos (CGD), os empresários Manuel Fino, Diogo Vaz Guedes, Bernardo Moniz da Maia e Filipe de Botton, e João Rendeiro, fundador do Banco Privado Português (BPP), tinha, finalmente, conseguido vergar Jardim Gonçalves, à data a presidir ao Conselho Superior (CS) do BCP.

Passou entretanto uma década, e quatro presidentes executivos — Paulo Teixeira Pinto, Filipe Pinhal, Carlos Santos Ferreira e o actual líder, Nuno Amado — comandaram a instituição que ao longo do tempo foi mudando no sentido literal do termo. Hoje, o BCP é detido por um grupo chinês, a Fosun, a caminho de deter 30% do capital. Temas que serviram de pretexto para a entrevista a Jardim Gonçalves.» [Público]
   
Parecer:

este senhora da Opus Dei ia levando o BCP ao fundo e agora tenta limpar a imagem à custa do Sócrates.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorriase.»

 Louvor com uma mão e processo disciplinar com a outra
   
«A procuradora Cândida Vilar, que está a investigar os acontecimentos que levaram à morte dos recrutas do 127º curso de Comandos Hugo Abreu e Dylan Araújo da Silva, foi alvo de um processo disciplinar pelas detenções de sete militares em novembro. Mas já tinha recebido um louvor de Maria José Morgado, procuradora-geral Distrital de Lisboa (PGDL). Motivo: o despacho que fundamentou as detenções e que foi considerado um “documento ímpar” que “prestigiou o Ministério Público“.

A 2 de novembro do ano passado, cinco dias depois de terem sido detidos sete militares com responsabilidades a vários níveis no curso de Comandos, a diretora do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, Lucília Gago, recebia uma comunicação de Maria José Morgado com a indicação: “Curso de comandos/Detenções (informação sobre o mérito)“.» [Observador]
   
Parecer:

Não se percebe a razão de dar louvores tão depressa por se fazer o que se deve fazer, como não se compreende que se louve num dia e se persiga disciplinarmente no outro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «manifeste-se a incredulidade provocada pelo ridículo da situação.»