sexta-feira, junho 30, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Provedor Santana Lopes

O provedor Santana fez anos e em vez de receber uma prenda optou por ser ele a oferecer um presente a Passos Coelho, declarando-lhe o seu apoio. Só que é um presente envenenado, Santana espera que o primeiro milho seja para os pardais, depois de Passos correr com Rio e com Morais Sarmento terá de enfrentar uma candidatura de Santana, que ainda não desistiu de voltar ao governo.

«Há doze anos, Pedro Santana Lopes era líder do PSD. E primeiro-ministro. Hoje, reconhece o seu partido "passou por um ano e tal muito difícil" e ainda está a "acordar de um sonho mau". Apesar de ter ganho as eleições, o PSD "viu nascer em Portugal uma solução que não considerava possível" e "demorou a adaptar-se". Talvez por isso, Passos ainda seja mais primeiro-ministro do que líder da oposição.

No capítulo eleições autárquicas, Santana fala sobre a candidata do PSD a Lisboa (câmara que liderou) e diz que não conhece as suas ideias para a cidade. Além disso, reconhece, "em circunstâncias normais não é compreensível" ainda não haver um programa. "Ainda para mais quando a mim me foi dito que se eu tivesse sido candidato a Lisboa teria que deixar a Misericórdia até Fevereiro, Março, comigo há sempre estas urgências todas. Estamos quase em Julho. E o que é que lhes aconteceu? Estão em Marte? Estão em Júpiter?"» [Público]

 Ainda que mal pergunte

Só as coisas boas que acontecem durante esta legislatura se devem ao governo anterior?

      
 E não é suspeita de nada
   
«Eram 10h30 do dia 23 de fevereiro de 2014 quando a inquirição de Henrique Gomes começou no DCIAP. Era aquela hora que os procuradores Carlos Casimiro e Susana Figueiredo começavam as suas inquirições. A expetativa dos magistrados era elevada porque Gomes tinha sido obrigado a demitir-se do posto de secretário de Estado da Energia no primeiro Governo Passos Coelho depois de ter perdido uma batalha no corte das rendas excessivas da EDP.

Os testemunhos de Henrique Gomes e do seu chefe de gabinete (Tiago Andrade e Sousa), que juntamente com Álvaro Santos Pereira foram dos que mais lutaram contra as rendas excessivas da EDP, não pouparam nada nem ninguém – a começar por Santos Pereira e outros membros do Executivo de Passos Coelho. Vítor Gaspar, ex-ministro das Finanças e atual diretor do Fundo Monetário Internacional, Maria Luís Albuquerque, ex-secretária de Estado, sucessora de Gaspar e atual deputada do PSD, e, particularmente, Carlos Moedas, ex-secretário de Estado de Passos Coelho e atual comissário europeu da Ciência e Investigação, foram duramente censurados por Henrique Gomes e por Tiago Andrade e Sousa pela constante obstaculização à redução das rendas da EDP. Tudo em nome do sucesso da privatização da elétrica nacional que foi ganha pelos atuais principais acionistas da elétrica: os chineses da China Three Gorges.

Era o velho objetivo de tornar a EDP mais atractiva, que durava desde 1995 e assegurava receitas garantidas que tornaram a empresa mais cara para a última fase de privatização da elétrica que ocorreu durante o primeiro ano de vida do Governo de Passos Coelho. A EDP foi a primeira empresa a ser privatizada, integrando um ambicioso plano acordado com a troika que obrigava a alcançar a meta de 5 mil milhões de euros como receita. Só a EDP assegurou um pouco mais de 50% desse valor com a venda de 21,35% do capital social por cerca de 2,7 mil milhões de euros. Essa era a preocupação do Ministério das Finanças.» [Observador]
   
Parecer:

Fala-se muito de Manuel Pinho, mas o que dizer de Maria Luís que pouco depois da privatização "meteu" o marido a ganhar uns cobres na EDP?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Questione-se a senhora.»
  
 Na melhor batina cai a nódoa da pedofilia
   
«O cardeal George Pell, que dirige a Secretaria da Economia do Vaticano e é a terceira figura mais importante da estrutura, foi esta quinta-feira acusado de crimes de abuso sexual de menores na Austrália e intimado a comparecer em tribunal dentro de dias, anunciou a polícia.

Para responder às acusações da justiça australiana, o cardeal já anunciou que vai tirar uma licença para regressar ao país. Uma ausência autorizada pelo próprio Papa Francisco, com quem falou antes de anunciar a decisão aos jornalistas. Em conferência de imprensa, Pell garante que está inocente e que vai ter oportunidade de prová-lo em tribunal. O Vaticano também já fez uma declaração mantendo o apoio ao seu cardeal.» [Observador]
   
Parecer:

Lá se foi a "virgindade" do papa Francisco, mesmo que tudo se esclareça e o cardeal seja inocente a imagem do Vaticano não fica muito bem.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 Os comunistas comem eucaliptos
   
«O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou na quarta-feira à noite que, ao contrário do que se diz, o problema dos incêndios não se vai resolver com uma reforma florestal que acabe com o eucalipto.

"Agora há uma discussão muito grande sobre o eucalipto, querem-nos fazer acreditar que o problema dos incêndios é problema dos eucaliptos e eu, que até não sou particularmente defensor do eucalipto, acho que não faz sentido estar a demonizar o eucalipto porque nós sabemos que uma grande parte do território não tem eucalipto e que o eucalipto é o que menos arde, portanto, o problema não é do eucalipto", afirmou durante um jantar-conferência Ideias à Prova, iniciativa da Associação para a promoção da Gastronomia e Vinhos, Produtos Regionais e Biodiversidade (AGAVI), em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto.

O social-democrata referiu que o primeiro-ministro, António Costa, quer consenso para impor reordenamento florestal e travar o eucalipto devido a "um acordo com o partido ecologista Os Verdes", sem o qual não haveria "geringonça".

"Ele [António Costa] tem um acordo com o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), portanto, não pode ter eucaliptos porque o PEV é contra os eucaliptos e não há geringonça sem PEV, logo acabaram os eucaliptos, é simples, é disto que se trata, o resto são partes gagas", vincou.» [Expresso]
   
Parecer:

O oportunismo levado ao extremo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»