quarta-feira, abril 05, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Litão Amaro, deputado com o diabo no corpo

Depois de ter passado um ano à espera da vinda do diabo os dirigentes deste PSD estão a ficar desesperados, fazem de tudo para chamar a atenção e se o diabo não ajudou, agora parece que são eles a estar com o diabo no corpo. Só isso justifica que Leitão Amaro chegue ao ponto de lançar suspeitas sobre o primeiro-ministro, fazendo insinuações sobre a venda do Novo Banco que, como se sabe, foi em larga medida conduzida e desenhada por um secretário de Estado do governo de Passos Coelho e pessoa muito amiga da ex-ministra das Finanças.

De estratégia errada em estratégia errada o PSD não para de descer nas sondagens, mas pelo que se vê a maioria dos seus militantes e ex-dirigentes ou estão ao lado de Passos Coelho ou não o criticam. Provavelmente até recearem que o PSD tenha menos de 20% dos votos.

«Num comentário à entrevista do primeiro-ministro, hoje de manhã, à Rádio Renascença, o deputado do PSD António Leitão Amaro insistiu ser necessário saber os custos da revisão das condições do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução, dez dias antes da venda do banco.

"É um sacrifício enorme imposto aos contribuintes por decisão do Governo, a benefício dos bancos", disse Leitão Amaro aos jornalistas, na Assembleia da República, afirmando que, com a entrevista, "agravou as dúvidas se não mesmo as suspeitas sobre a venda" do Novo Banco.

O parlamentar social-democrata deixou três perguntas para as quais quer respostas do executivo de António Costa, que hoje, à RR, afirmou que o comprador fez a exigência ao Estado para ficar com 25% do capital do banco.

Leitão Amaro quer saber porque não foi vendida a totalidade do banco, o motivo da imposição, "à força, de perdas aos obrigacionistas, incluindo os do retalho".» [Notícias ao Minuto]

 Jeroen Dijsselbloem

O ministro das Finanças holandês, uma espécie de secretário de Estado do ministro alemão, está transformado numa imparidade do sistema político europeu, a sua tentativa desesperada de manter  cargo levou-o a ofender os países do sul e a arrogância e falta de educação leva-o a ignorar o Parlamento Europeu. Este senhor é uma nódoa europeia que urge limpar.

      
 Aeroporto Cavaco Silva?
   
«O antigo ministro do Trabalho José Silva Peneda revelou que, na década de 80, era vontade de Alberto João Jardim que o aeroporto da Madeira se denominasse “Aeroporto Cavaco Silva’. A revelação foi feita no programa Conversas Cruzadas, da Rádio Renascença. “Vou fazer uma confidência: quando fui secretário de Estado do Planeamento e do Desenvolvimento Regional tinha a tutela do aeroporto de Santa Catarina, era assim que se chamava o aeroporto da Madeira”, disse o ex-presidente do CES.

“Foi quando desempenhava esse cargo que se fizeram as obras de ampliação do aeroporto da Madeira, obras financiadas por fundos europeus. O presidente do governo regional [Alberto João Jardim] tratou deste dossier comigo. Um dia confidenciou-me ter grande vontade em que o aeroporto fosse designado de ‘Aeroporto professor Cavaco Silva’. Não teve sorte nenhuma e, quanto a mim, bem”, acrescentou.

Recordando que foi nessa altura que alguém ia emprestar o nome a um baptismo promovido pelo governo regional da Madeira, Silva Peneda considerou: “Se calhar, nessa altura a opção seria aplaudida pela maioria da população portuguesa porque o professor Cavaco Silva estaria no máximo de popularidade. Mas foi sensato não adoptar a opção”.» [Público]
   
Parecer:

Digamos que a cara de Cavaco também daria uma bela caricatura em bronze.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 O caldo começa a estar entornado no PSD
   
«Os críticos começam a sair da toca no PSD. Pedro Rodrigues – que liderou a Juventude Social Democrata (JSD) entre 2007 e 2010 – apelou mesmo, esta terça-feira, em declarações ao Observador, a uma rebelião interna no partido contra Passos Coelho: “O que se está a passar no PSD exige que todos sejamos capazes de nos desinquietarmos e assumamos as nossas responsabilidades“. Pedro Rodrigues aponta as baterias a Passos Coelho e diz que “a generalidade das escolhas do presidente social-democrata para as eleições autárquicas significam a desistência do PSD da sua verdadeira vocação.”

Para Pedro Rodrigues esta desistência do PSD da sua vocação autárquica, levou-o a esta tomada de posição. “Não me conformo com a ideia do meu país se continuar a adiar e o PSD persistir em não assumir as suas responsabilidades“, critica o ex-líder da JSD.» [Observador]
   
Parecer:

Isto vai de mau a pior.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»