sexta-feira, julho 15, 2016

Coisas de que tenho pena

O senhor Barroso vai ficar podre de dinheiro na Goldman e a rir de todos nós, principalmente dos que morreram em Paris e em Nice, ele apoiou guerras para ter amigos, usou os amigos para ser influente e chegar a comissário europeu. Não importa que tenha ajudado a destruir estados e aberto caminho aos extremistas, o que importa é que com países destruídos há poços de petróleo para dividir e obras para gerar comissões e isso é bom para os investidores.
  
Os contribuintes morrem em atentados, morrem sob a forma de soldados nas frentes de combate de invasões inúteis e em busca de armas que todos sabem não existirem, pagam as crises financeiras, financiam os recursos militares enterrados para combater o ISIS. Mas o que é prejuízo e morte para o cidadão europeu comum são grandes oportunidades de investimento para os filhos da puta a que se tornou usual designar por “investidores”.

Onde os sírios morrem haverão grandes obras financiadas por contribuintes dos países solidários, onde hoje jorra o petróleo para o ISIS um dia jorrará o mesmo petróleo para as petrolíferas dos investidores e amigos dos investidores, as armas que hoje são destruídas em guerras inventadas serão um dia substituídas por novas armas vendidas pelos investidores e pagas pelos contribuintes.
  
Entretanto, os bancos dos investidores acusam amigos primeiros-ministros para celebrar contratos de consultoria, ajudam governos a mascarar as contas ou colocam os seus no FMI, em vice dos líderes de partidos como o PSD ou mesmo em lugares de consultor para as privatização de primeiros-ministros fracos.
  
Quando o direito dos contribuintes não chega para tanta corrupção, tanta arma ou tanta despesa com os interesses dos investidores usam-se primeiros-ministros bandalhos para destruírem os sistema de saúde ou de ensino público com o argumento de que consumiram demais, mandam-nos chamar piegas ao seu próprio povo e contam com um presidente da Comissão a elogiar as sacanices que são feitas ao seu próprio povo.

É por tudo isto que sinto pena que as bombas de Bruxelas ou de Paris não tenham rebentado debaixo do cu de Aznar ou de Blair e que o camião de Nice não tenha passado por cima do Durão Barroso.