sexta-feira, julho 10, 2015

Uma campanha em que vale tudo

Não via a entrevista dada a Judite de Sousa por António Costa, nunca gostei da senhora, nunca consegui distinguir dela a jornalista da activista da direita, não tenho paciência para o seu ar emproado e não me pareceu que das perguntas delas resultasse a possibilidade de António Costa dizer o que os portugueses precisam de saber. Num qualquer serviço de informação vi breves imagens da entrevista em que a senhora perguntava a António Costa se voltaria a visitar Sócrates em Évora o que confirmou que fiz bem em não ter dado credibilidade ao trabalho jornalístico da triste personagem.

Esta é uma campanha em que vale tudo, em que se saneiam as poucas personalidades que incomodam a direita nas televisões, em que o MP vai agendando prisões e interrogatórios de forma a transformar os momentos processuais de uma justiça em que já poucos acreditam em verdadeiros comícios. A direita dá o tudo por tudo por preservar o poder, por manter a proximidade em relação ao OE, por poder continuar uma agenda política que constitui uma vingança em relação aos últimos 40 anos.

OS que imaginavam que a democracia já nos estava na massa do sangue estavam enganados, nesta democracia o presidente há muito que o deixou de o ser, a separação de poderes só funciona para que os políticos não se metam com os magistrados, os jornalistas troca tudo a troco de uma viagem a Las Vegas ou por uns bilhetes de avião pagos por um novo patrão da TAP que gozou com o país ao inventar um esquema de fraude à lei para ter uma companhia aérea europeia.
  
As sondagens são claramente manipuladas o que nem é difícil, escolhem-se os resultados e depois ajeitam-se as opções estatísticas e as respostas ao resultado pretendido. As sondagens manipulam as opiniões e dessa forma ajudam a manipular os resultados. 
  
Os que querem que esta política mude e o país ponha fim a esta contra-revolução liberal têm de assumir-se de fazer tudo para derrotar a direita no poder e impedir um novo governo, nem que isso implique dizer a políticos como Jerónimo de Sousa que não queremos mais governos de direita eleitos com a sua ajuda. Ou Portugal muda de governo ou não mudará de políticas.