domingo, outubro 26, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


 photo _Coche_zps566a7697.jpg

Coche no Campo das Cebolas, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Paula Teixeira da Cruz

O relatório que a ministra enviou para a PGR não foi o resultado de qualquer inquérito ou investigação, foi um relatório elaborado por um órgão em que ela própria manda e ao qual podem ser assacadas as responsabilidades directas pelo desastre do Citius. Mas nada disto foi explicado na comunicação social, a ministra lançou a teoria da cabala e este relatório permitiu lançar a suspeita de que os problemas não resultaram da incompetência da ministra mas da intervenção de mão criminosa.

É óbvio que a PGR ão vai responder de forma atempada e enquanto se investiga ou não se investiga passa a ideia, ao mesmo tempo que os responsáveis pela gestão do Citius lançam um inquérito do qual resultará certamente um culpado de serviço.

Se é este o fim da impunidade que a ministra defende eu vou ali e já volto. Entretanto, o PS mantém-se em total silêncio, sinal de que as amizades pessoais ainda estão acima das diferenças políticas e do interesse nacional?

«A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, enviou nesta sexta-feira à Procuradoria-Geral da República (PGR) um relatório que explicará o que terá provocado o colapso da plataforma informática Citius. O documento, elaborado pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), foi entregue ao final do dia, confirmou ao PÚBLICO a PGR. O inquérito no âmbito de um eventual processo-crime ainda não terá sido aberto.

O ministério decidiu também abriu um inquérito interno para apurar responsabilidades disciplinares. Paula Teixeira da Cruz sempre disse que possíveis demissões aconteceriam apenas depois de comprovadas as responsabilidades no colapso.

O relatório conterá, segundo o jornal i, indícios de que as chefias intermédias terão omitido informações importantes durante a preparação do sistema informático para a nova reforma judiciária e consequente migração de processos. No despacho enviado à PGR, o Ministério da Justiça diz que encontrou “indícios de prática de ilícitos de natureza disciplinar e eventualmente criminal”.» [Público]

 Cidadãos do Califado

Os cobardolas, muito deles com boa idade para trabalharem, que foram matar sírios pelo prazer de matar e bem pagos por um califado com o dinheiro do crude de contrabando perceberam que os melhores tempos do califado acabaram. Perseguidos pelos ataques aéreos e em com medo de acabarem nas mãos dos sírios, sejam os da oposição, os do Assad ou dos curdos descobriram que, afinal, não são cidadãos do novo Estado Islâmico mas sim europeus, esperando o apoio dos governos para que os tirem da Síria e do Iraque.

Faz sentido manter a nacionalidade europeia a cidadãos que foram combater em nome de um novo Estado e que nunca esconderam o ódio e a disponibilidade para atacar os seus países?

 Ana Vidigal - Luanda

 photo _Vidigal_zpsc97779a0.jpg


 Uma pergunta ao coordenador Paulo Portas

Se os portugueses já podiam ter recebido em 2014 o reembolso de parte da sobretaxa de IRS e em 2015 poderiam ser reembolsados da totalidade da sobretaxa paga em 2014 porque razão o governo adiou o reembolso para 2016 e ainda por cima com base em cenários ultra optimistas?

      
 O valor da boa-fé numa sociedade que se pretende civilizada
   
«Se há causa a que eu adiro sem reservas é a dos trabalhadores com reformas antecipadas do Metro de Lisboa, que viram as suas reformas cortadas unilateralmente do complemento de reforma que a empresa lhes atribuiu para os incentivar a reformar-se. Não se espantem, parece uma causa laboral como as outras, mas é mais do que as outras. É diferente.

Não é uma questão de “direitos adquiridos”, embora também o seja. Não é uma questão do cumprimento dos contratos livremente feitos, do sacrossanto princípio jurídico do pacta sunt servanda, embora também o seja. Não é questão de justiça social, embora também o seja. Não é sequer uma questão de austeridade, de repartição de sacrifícios, de acabar com uma situação de privilégios numa empresa pública. É uma causa cívica em que está em jogo um princípio moral que deveria ser a base da nossa sociedade democrática: a boa-fé.

Um dos piores dos meus anátemas contra este Governo é exactamente a destruição dessa boa-fé, como se fosse o acto mais normal do mundo, como quem respira, sem pensar duas vezes, até sem atenção, nem sequer preocupação pelos efeitos não apenas nas vítimas dos seus actos, mas no tecido social e nos laços que unem as pessoas numa sociedade civilizada e numa democracia em que todos somos proprietários e penhores do mesmo poder. Este à-vontade e esta indiferença pelo que é e significa a boa-fé vai ficar como uma mancha para o presente e para o futuro no tónus moral destes tempos.

Os trabalhadores reformados do Metro, muitas centenas de pessoas, incluindo pessoal qualificado, técnicos superiores, quadros administrativos, maquinistas, mecânicos, electricistas, pessoal da manutenção, etc., têm tudo contra eles. Nunca verão a sua causa chegar ao comentário mais fino dos grandes mestres da comunicação política televisiva, e não merecerão sequer qualquer atenção dos órgãos de comunicação social, para quem eles são um grupo, entre os muitos dos que protestam nestes dias, desvalorizados pelo desprezo que há nas redacções com as reivindicações laborais. Eles, insisto, têm tudo contra si.

São reformados, logo privilegiados em potência à luz dos alvos governamentais dos nossos dias. Mais: são muitos deles, reformados com idades a partir dos 55 anos, ou seja anteciparam as suas reformas, tornando-os assim preguiçosos potenciais que vivem “à custa dos jovens que não irão ter reforma quando forem velhos”. Violam esse conceito sinistro da “justiça geracional”, inventado por Passos Coelho e pela JSD, para culpabilizar os mais velhos. (Veremos depois porque é que se reformaram tão cedo). São trabalhadores do Metro, uma empresa pública de má fama, onde há greves “que prejudicam os utentes”, gerida pessimamente por várias administrações politicamente nomeadas, mas onde os prejuízos são sempre culpa dos trabalhadores. E tanto mais culpados quanto mais protestam e quanto maior for a mobilização do seu protesto. Muitos são sindicalizados, um crime nos dias de hoje. Numa altura em que as empresas públicas, de transportes em particular, são um alvo ideológico atirado à opinião pública, estes trabalhadores reformados, insisto reformados, têm que apresentar as suas queixas no meio de imenso ruído. Ou seja, ninguém os ouve.

O que é que aconteceu a estes reformados e como é que chegaram a esta situação? Foi política de gestão dos recursos humanos de várias administrações do Metro incentivar os trabalhadores a fazerem reformas antecipadas. A empresa entendia que ficava mais barato que os trabalhadores que fizessem 55 anos se reformassem, do que se ficassem no activo, diminuindo assim o número de trabalhadores do Metro. Outras empresas públicas (como a Carris) fizeram o mesmo, mas sem a dimensão do Metro, e algumas delas encontraram maneira de tornear os efeitos da reversão das políticas.

Para incentivar essas reformas antecipadas garantiu-se aos trabalhadores que receberiam um complemento de reforma de modo a não perderem dinheiro no acto da reforma, inclusive pelo facto de esta ser antecipada. Não era uma política de opção empresarial indiferente, visto que foi prosseguida agressivamente pela empresa, com a publicação de listas dos trabalhadores com mais de 55 anos e cartas individualizadas a quem perfazia essa idade com as condições excepcionais que lhes eram atribuídas para os levar a reformarem-se. Estas passagens à reforma, que incluíam um complemento de reforma, foram negociadas em inteira liberdade (se exceptuarmos a pressão do Metro para as reformas antecipadas) e eram coerentes com os acordos vigentes na empresa, também livremente negociados. Centenas de trabalhadores reformaram-se, muitos dos quais já na vigência do actual Governo. Um deles disse numa entrevista que estas medidas "sempre foram incentivadas pelo Governo e própria empresa, para aliciar os empregados a aceitarem a pré-reforma e saírem da empresa". Tudo foi feito pelo maior bem da empresa, da boa gestão e da saúde da economia, com E grande, como agora se escreve nestes tempos.» [Público]
   
Autor:

Pacheco Pereira.

      
 Ricardo Salgado tem passaporte para o Inferno
   
«A crise do Grupo Espírito Santo arrastou quatro instituições católicas, que subscreveram empréstimos obrigacionistas. Foi o caso das "Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus no Espírito Santo". Esta IPSS, assim como a sua proprietária, a "Província Portuguesa da Congregação de Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus", colocaram quase um milhão de euros em obrigações da Espírito Santo Financial (Portugal), a holding que controlava o setor financeiro e os seguros do grupo Espírito Santo. Agora, ambas e mais 158 pessoas e empresas estão no Tribunal do Comércio de Lisboa a reclamar, ao todo, 330 milhões à ESF.

Segundo a última lista de credores da ESF entregue ao tribunal, há dois créditos obrigacionistas reclamados pela IPSS. Um em nome da Província Portuguesa Congregação Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, de 448 mil euros. O segundo em nome do Instituto Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, no valor de 502 mil euros.» [DN]
   
Parecer:

O que mais impressiona nestes números é a dimensão da riqueza destas humildes freirinhas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao Ricardo que comece ja a rezar uns terços.»
  
 Povo piegas e com jornalistas preguiçosos
   
«Passos Coelho acredita que tem sido criticado injustamente pelos críticos, por comentadores, mas também pela comunicação social: “Tantos são preguiçosos. É verdade, preguiçosos”, disse este sábado de manhã nas jornadas parlamentares do PSD/CDS que decorrem na Assembleia da República.

O primeiro-ministro, que fez um discurso com um tom agressivo e crispado, começou logo no início do discurso a comparar as contas deste Governo com o passado dizendo que agora são “transparentes” e “coerentes”. E foi neste seguimento que referiu que no espaço público têm sido ditas “inverdades como punhos” e que “é pena que neste exercício de coerência tantos sejam preguiçosos. É verdade, preguiçosos e às vezes orgulhosos”.

Se à primeira ideia, Passos Coelho estaria a referir-se aos críticos, nos minutos depois alargou o leque e produziu o maior ataque que já fez à comunicação social. Estava a falar da despesa pública – a bandeira deste governo desde início – e disse que só não a diminuiu mais porque a “política de irresponsabilidade” deixou “nas nossas costas um stock de dívida imenso”. “Não foi contraída por nós, e se não fosse o serviço dessa dívida, já hoje Portugal estava a ter um excedente orçamental. Coisa inédita na história da democracia portuguesa”.» [Observador]
   
Parecer:

Este Passos é um jihadista do liberalismo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Pobre Poiares Maduro
   
«O ministro-Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, acusou hoje o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, de "incompetência ou má-fé" quando diz que Portugal não está a aproveitar os fundos europeus.» [DN]
   
Parecer:

Agora tem o estatuto de caniche e mandam-no morder no António Costa. Compreende-se, este ministro tem-se revelado de uma tal incompetência que já tem pouca serventia para Passos Coelho que, como se sabem, gosta de bichos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Grande Cratino
   
«Com o ano letivo já iniciado há sete semanas, os percalços não cessam na pasta dedicada ao Ensino. Entre várias saídas de responsáveis e balanços que não são apresentados, o Ministério da Educação revelou ontem que há 2.500 horários por preencher, ou seja, milhares de alunos que ainda não têm os horários completos, conta o Jornal de Notícias.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

100 mil alunos é muita gente.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se seu Cratino!»
   

 
 The National Geographic 2014 Photo Contest [The Boston Globe]

 photo Geo5_zps2f23c9a2.jpg

 photo Geo3_zps88328828.jpg

 photo Geo4_zps01b93d62.jpg

 photo Geo2_zps0c589082.jpg

 photo geo1_zps7fc319df.jpg
   
   
 photo Michael-Dalberti-5_zpscb6b2b10.jpg

 photo michael-dalberti-1_zps598dc7c5.jpg

 photo Michael-Dalberti-4_zps236b71b7.jpg

 photo Michael-Dalberti-2_zpsce4fc4f2.jpg

 photo Michael-Dalberti-3_zps30a44055.jpg