domingo, agosto 31, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


 photo _Azulejos_zpsd271647c.jpg

Azulejos, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Tozé

O Tozé só condenou a festa de mortos-vivos de Braga quando o assunto já ganhou o estatuto de anedota, a sua falta de inteligência levou-o a retardar a sua posição evidenciando uma situação de cumplicidade com os seus amigos ressuscitadores.

Agora que percebeu que não é com mortos que chega lá o Tozé lembrou-se de condenar os factos, mas optou por ser desonesto, condena todas as irregularidades sugerindo que o seu opositor também as faz. Este Tozé começa a enojar.

Começa a ser evidente que Seguro não dá grande imagem às consequências nas directas nas próximas legislativas, para ele não estão em causa políticas mas apenas a sua ambição que nem é grande coisa, por uma questão de vaidade parece contentar-se em vir a ser braço-direito de Passos, substituindo Portas. Só isso explica tanta cretinice e uma política de terra queimada.

«O secretário-geral do Partido Socialista (PS), António José Seguro, condenou hoje "todas as irregularidades", independentemente da sua origem, quando questionado sobre a situação das eleições para a Federação Distrital de Braga.» [Notícias ao Minuto]

 Dieta estranha

O mesmo governo que não queria ouvir falar em políticas de crescimento e considerava o deseemprego saudável recorre agora à criação de gorduras no Estado para inventar falsos empregos.

 Pobre município de Vila Real de Santo António

Andaram a contratar o Castelo Branco para rei do Carnaval, subsidiaram uma discoteca da astróloga Maia, pagaram avenças a Santana Lopes e agora está na bancarrota.

 Durão Barroso e Merkel

Ao ver a troca de palavras entre Barroso e Merkel no dia em que o nosso famoso Cherne perdeu todas as esperanças de "abichar" qualquer cargo europeu, apesar da cunha do seu discípuylo Passos Coelho no congresso do partido popular Europeu, interrogo-me sobre o que irá na cabeça da chanceler alemã quando olha para o nosso comprador de submarinos.

Sabendo-se que o negócio deu lugar a uma acusação de corrupção na Alemanha interrogo-me se sabendo disto a senhor Merkel terá algum respeito pelos governantes portugueses envolvidos no negócio e se saberá mesmo quem em Portugal aceitou as luvas dadas como provadas na Alemanha.

      
 Boa malha!
   
«O Ministério das Finanças nomeou um dos gestores envolvidos na polémica dos swaps para coordenar a nova entidade que vai fiscalizar as contas das empresas públicas. Mário Coutinho dos Santos foi designado pela secretária de Estado do Tesouro, num despacho em que não consta a sua passagem pela direcção financeira da Metro do Porto, precisamente no período em que foram subscritos contratos considerados especulativos. O responsável apresentou esta semana a renúncia ao cargo, alegando motivos pessoais.

A nomeação foi publicada em Diário da República na terça-feira, mas o despacho já foi assinado a 18 de Agosto. No documento, a secretária de Estado do Tesouro designa Coutinho dos Santos para “exercer funções de coordenador da Unidade Técnica de Acompanhamento e de Monitorização do Sector Público Empresarial (UTAM)”, uma entidade que passará a controlar os orçamentos e as contas das empresas do Estado. A designação é feita “sob proposta do director” da UTAM, Fernando Pacheco, ex-secretário de Estado do PS que o Governo nomeou no início de Agosto e que será o responsável máximo desta unidade técnica.

No currículo que surge anexado ao despacho desta semana, é referida a passagem de Coutinho dos Santos pela Metro do Porto, como responsável pelo planeamento (em 2001), do departamento de exploração (entre 2004 e 2006), do desenvolvimento da segunda fase da rede (entre 2007 e 2010) e, finalmente, como administrador delegado dos Transportes Intermodais do Porto (participados pela Metro do Porto, entre 2002 e 2010). No entanto, o facto de ter sido director administrativo e financeiro da empresa, o que o PÚBLICO confirmou junto da Metro do Porto, é omitido.» [Público]
   
Parecer:

Por este andar a secretária de Estado do Tesouro ainda se vai lembrar de convidar Ricardo Salgado para o IGCP e o Oliveira e Costa para a Casa da Moeda.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Façam-se as sugestões à senhora.»
  
 Se a vaidade fosse música
   
«O vereador José Sá Fernandes decidiu, a polémica instalou-se e agora o presidente da Câmara diz estar “surpreendido” e quer ver o assunto discutido na reunião de câmara. O CDS questionou António Costa sobre a decisão de Sá Fernandes de retirar os brasões florais dos antigos territórios ultramarinos na Praça do Império, em Belém, Lisboa, e o autarca fez saber que não concorda.

Num email enviado ao vereador do CDS, João Gonçalves Pereira, a chefe de gabinete de António Costa diz que quer “transmitir” que Costa “foi surpreendido com as recentes notícias sobre o projecto para o Jardim da Praça do Imperio, tendo solicitado de imediato informações ao Senhor Vereador José Sá Fernandes”. No mesmo email, Costa mandou dizer que quer que o assunto seja apresentado e discutido em reunião de câmara.» [Observador]
   
Parecer:

Até hoje ainda não entendi o que faz o Sá Fernandes na liderança da autarquia da capital, um político que não representa nada nem ninguém além da sua própria vaidade.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Involuntariamente keynesiana
   
«O Governo previa que a redução do défice este ano assentasse em medidas permanentes de redução de despesa, mas afinal foi o crescimento da economia que corrigiu o défice nos primeiros sete meses do ano, dando mais receitas com impostos ao Estado, diz a Unidade Técnica de Apoio Orçamental, que considera mesmo que até o mínimo do ajustamento estrutural que Portugal tem de cumprir pode estar em risco.

Numa análise à execução orçamental dos primeiros seis meses do ano, a que o Observador teve acesso, os técnicos independentes relembram que ainda no final de abril – no Documento de Estratégia Orçamental – o Governo previa aplicar medidas permanentes de 2,1% do PIB para conseguir atingir o défice de 4%.

Destes 3.558 milhões de euros de medidas, 2.778 milhões de euros diziam respeito a medidas de redução de despesa. Ou seja, das medidas permanentes, 81% deviam ser medidas de corte na despesa.

A estratégia orçamental estava aparentemente desenhada para assentar sobretudo na redução de despesa, mas segundo a UTAO, não foi isso que aconteceu nos primeiros sete meses do ano, e na maioria desse tempo o Governo ainda tinha em aplicação os cortes salariais agravados dos funcionários públicos – entre 2,5% e 12% a partir dos 675 euros – que o Tribunal Constitucional viria a chumbar em maio.» [Observador]
   
Parecer:

A ministra das Finanças consegue parcos resultados com um aumento da despesa que ela própria condena e foi incapaz de contrariar. Enfim, esta ministra anda apaixonada pela senhora Merkel durante o dia e durante a noite dá umas escapadelas com o Keynes.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se perante tanta incompetência.»

   
   
 photo Artur-Celes-1_zps65e09e64.jpg

 photo Artur-Celes-4_zps944a64f3.jpg

 photo Artur-Celes-2_zps67d76494.jpg

 photo Artur-Celes-3_zps1c0d5576.jpg

 photo Artur-Celes-5_zps94289b59.jpg