domingo, maio 04, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Flores do Jardim Gulbenkian, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Paulo Portas

Quando fez o elogio de Veiga Simão durante a Ovibeja Paulo Portas parece ter-se inspirado nos suínos da região, elogiou o passado de Veiga Simão e fez questão de dizer que lhe "perdoava" o percurso posterior ao 25 de Abril. Enfim, Veiga Simão só teve valor enquanto foi ministro de Marcelo Caetano, como se as opções posteriores tivessem algo de criticável ou de reprovável.

«É uma pessoa que respeito, independentemente da [sua] evolução ideológica posterior» [TVI 24]

 
 Portas esteve na Ovibeja

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Resultado do cruzamento de um dálmata com um porco preto?

Paulo portas voltou às feiras, mas esteve em ambiente protegido junto dos camaradas latifundiários da Ovibeja. Curiosamente também participou como feirante pois foi exibir o seu Nuno Melo. Tanto quanto se sabe Paulo portas não fez negócio e em vez de uma vara de porcos pretos voltou para casa com o Nuno Melo.

Agora esperemos que haja uma feira canina para que Passos Coelho possa levar o seu dálmata Paulo Rangel para exibição, ainda que o canídeo que já foi do CDS mas achou que ia mais longe mudando-se para o PPD esteja muito aquém dos tamanhos e beleza exigidos pelo estalão da raça, aliás, o único item em que Rangel está à altura de uma feira é no obediência ao dono seja ele qual for.
 
 O elogio indigno de Portas a Veiga Simão

Quando fez o elogio de Veiga Simão durante a Ovibeja Paulo Portas parece ter-se inspirado nos suínos da região, elogiou o passado de Veiga Simão e fez questão de dizer que lhe "perdoava" o percurso posterior ao 25 de Abril. Enfim, Veiga Simão só teve valor enquanto foi ministro de Marcelo Caetano, as opções posteriores foram reprováveis.

 A Ovibeja

Hoje a Ovibeja estava cheia de animais em exposição, desde bestas a suinos havia um pouco de tudo.
     
      
 Desculpem falar de taxas ireelevantes
   
«Já me perdi com tanto número e seu significado: ter taxa de mortalidade infantil baixa é bom? Vou arriscar: as crianças viverem, sim, parece que é bom. Quer dizer, naquele mundo de boa vai ela, quando éramos uma cambada de hedonistas, com as mães a não quererem perder o seu bebé, claro que todos gostavam de taxas assim. Mas mesmo com critérios sérios, daqueles que o FMI aprova, é bom. Portugal é dos países europeus com menor crescimento demográfico e, portanto, taxa de mortalidade infantil baixa significa que teremos mais gente para trabalhar amanhã. E é assim que fiquei muito contente por ver um estudo, ontem, na revista científica britânica The Lancet. Entre os 18 países da Europa Ocidental - os europeus mais bem classificados, com taxas muito mais baixas do que os da Europa Central e do Leste -, Portugal está no pelotão dos seis da frente com menos mortes infantis. Por mil nascidos, só morrem 3,5 crianças até aos 5 anos, classificação em que só Finlândia, Noruega, Luxemburgo, Suécia e Islândia são melhores. Em defesa dos bebés, somos os escandinavos do Sul, melhores até do que a Alemanha (e, em 1960, tínhamos o dobro de mortes dos alemães...) Os nossos últimos 20 anos foram extraordinários. Vamos seguir com essa política de saúde pública que deu tão bons frutos? Atenção, não se veja aqui nenhum apelo a vivermos acima das nossas possibilidades, credo! Eu quero é garantir que não nos falte mão-de-obra no futuro.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.
      
 Não sofremos
   
«Anteontem toda a gente (isto é, os dois comentadores da SIC) elogiava a "capacidade de sofrimento" do Benfica.

Segundo eles, o Benfica vai à final com o Sevilha, porque, ao contrário de S. Sebastião, aguentou a chuva de setas no tronco que a Juventus lhe cravou na carne.

A equipa de futebolistas do Benfica sofreu apenas expulsões e uma ferida sangrenta. De resto, jogaram muito bem, com felicidade e sem sofrimento.

Quem sofreu fomos nós, os benfiquistas. Os comentadores da SIC, com uma correcção cósmica, identificaram o nosso sofrimento ("que termine esta merda, o mais depressa possível") com o sofrimento, inexistente, dos lutadores que são os jogadores do Benfica.

Sofremos – nós, os adeptos ideais, mas comoventemente vulneráveis –, porque somos, episodicamente, imperfeitos e caímos nos temores de fracasso dos outros clubes.

A verdade, prosaica, é que a Juventus, no seu campo – e sabendo que a final iria ser jogada no mesmo estádio mais do que conhecido por ele – não foi capaz de ir além de um empate sem golos.

A Juventus marcou mais golos (um) na Luz do que em Turim. Piorou. O Benfica melhorou. A Juventus perdeu em Lisboa, mas o Benfica conseguiu empatar em Turim.

Não foi a capacidade para sofrer que levou o Benfica à final: foi a capacidade para ganhar. O Benfica marcou dois golos. A Juventus só marcou um. O Benfica ganhou em casa. A Juventus, em casa, empatou.

Sim, nós sofremos. Mas passou. E a Juventus? Pensemos nela nesta altura felicíssima.» [Público]
   
Autor:

Miguel Esteves Cardoso.
   
   
 A cobardia ou de um smartphone ao bloco de notas
   
«Nada demoveu o vice-primeiro-primeiro, Paulo Portas, da sua recusa em falar de quaisquer temas relacionados com a “saída limpa” do programa da troika, quando visitou neste sábado de manhã a Feira do Alentejo – Ovibeja, vincando de forma assertiva o seu propósito de só fazer no Conselho de Ministros de domingo.

Peremptório, insistiu em falar apenas de questões relacionadas com o sector agrícola, relacionando a sua posição com o facto de se encontrar na Ovibeja.

E, munindo-se de um pequeno bloco de notas, começou por realçar o que considerou um dos grandes méritos da sua política anunciou um dos sinais da retoma económica nacional. Em “cada quatro investidores estrangeiros que revelam interesse em investir em Portugal, um vai para o Alqueva, a Autoeuropa da agricultura”, sublinhou Portas.» [Público]
   
Parecer:

Parece que deve ter levado umas lambadas do Passos Coelho depois da brincadeira do smartphone, quando leu a sua reforma do Estado aprovada em Conselho de Ministros, que previa uma redução do IRS.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Paulo portas se Passos Coelho lhe deu uns tabefres ou se o ameaçou com alguma coisa.»
     

   
   
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