quarta-feira, março 26, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

 photo Pisco_zpse0f52f7b.jpg
     
Pisco-de-peito-ruivo, jardim Gulbenkian, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Vítor Bento, licenciado em economia

Este Vítor Bento ainda vai dar em ginasta para com mortais de costas e outros saldos de exibição tentar iludir as consequências da políticas do governo que mereceram o seu apoio militante, ao ponto de ter sido um verdadeiro campeão nacional de pressões sobre o tribunal Constitucional. Mas tem sorte, ao contrário dos que discordam de Cavaco foi para isto que o senhor de Belém o levou para o Conselho de Estado.

«A correção que aconteceu nos últimos três anos não resultou num empobrecimento tão forte em Portugal como as pessoas pensam. É a opinião de Vítor Bento, economista e conselheiro de Estado, que falava hoje num painel do V Congresso da Distribuição Moderna, organizado pela APED.

"O país empobreceu menos do que parece. O país já era pobre, vivia era com vida de rico", afirmou o economista, no contexto do financiamento das empresas portuguesas com recurso a dívida.» [DN]

 
 Falta-lhe qualquer coisa

 photo tomates1_zpsd0a569d0.jpg

É mais do que óbvio que Alberto da Ponte quer acabar com o comentário de José Sócrates, mas falta-lhe qualquer coisa para o fazer e tudo leva a crer que será algo mais do que um Danoninho. Aliás, o homem deve começar a sentir-se incomodado, recorreu ao seu melhor jornalista na tentativa de humilhar Sócrates, mas este comportou-se como as ratazanas e ainda se alimentou do veneno de José Rodrigues dos Santos. Agora ficamos a aguardar pelo próxima ida do jornalista aos arquivos da São Caetano à Lapa, ou será que da próxima vez pede ajuda à JSD e vem como outro tipo de argumentos e insinuações?

 Tapitas de crisis

 
 O british

José Rodrigues dos Santos invocou o seu lado british para justificar a transformação de um comentário numa espécie de debate partidário. O jornalista é capaz de ter razão mas está enganado quando diz que os seus métodos são os da BBC, o seu lado british é mais rodesiano do que europeu. A BBC não se deixa usar para dar golpes baixos em políticos de que o governo não gosta.
 
      
 Social-democrata?
   
«O atual Governo diz-se falsamente social-democrata. Mas obviamente que não é. Social-democrata significa ser de esquerda, como sempre foram Sá Carneiro e António Capucho. Ora o atual Governo é, como se tem visto, de extrema-direita, dirigido por uma coligação populista.

Com efeito, Paulo Portas, que substituiu o CDS por PP (Partido Popular, à espanhola), disse há cerca de um mês ser democrata-cristão, mas dias depois arrependeu-se, como é seu costume.

Virá a ser o que for preciso no momento que mais lhe convier. Mas pobre dele. Ou obedece ao chefe do Governo ou lhe cai em cima tudo o que está em suspenso, no que se refere a submarinos e a tanques. E talvez a outras coisas que a comunicação social não refere, enquanto não receber ordens.
A verdade é que a coligação governamental, sob proteção do Presidente da República, haja o que houver, até ao fim do seu mandato, atua, nas mais pequenas coisas e por menos que goste dos dois dirigentes da coligação, no sentido de os salvar.

O Presidente disse que temos vinte anos (ou mais) à nossa frente sem que possamos fazer nada. Felizmente, engana-se redondamente porque a Europa está em mudança, como começa a ser conhecido, e, apesar de ter tomado o gosto pelas viagens e de ter falado com vários estrangeiros, não percebeu ainda que a Europa da zona euro, como o mundo na sua totalidade, está em mudança acelerada. Incluindo os BRIC, chamados Estados emergentes, e a própria ONU, que com o atual secretário-geral perdeu muito do seu antigo vigor.

Voltando à social-democracia. Alguém em Portugal e no estrangeiro com um mínimo de consciência política admite que o atual Governo seja de facto social-democrata sendo como é de extrema-direita nas mais pequenas coisas? Tendo feito tudo o que lhe foi possível para liquidar o Estado social, para não ouvir os sindicatos, para não se interessar pela concertação social? E só respeitar os ricos, banqueiros e grandes empresários, em quem não ousa tocar, ao mesmo tempo que tenta destruir aos poucos a classe média e está a desgraçar de uma forma inaceitável, como se sabe, a esmagadora maioria do povo português?

Poderá chamar-se a isto social-democracia? Haja vergonha! Chame-se tão-só populismo de extrema-direita. Que a troika aceita, porque o que lhe interessa é receber cada vez mais dinheiro e a austeridade que por si só também lhe convém. É bom saber que o populismo vai custar caro, porque a situação social e política está a degradar o Governo. Por isso, a troika e o Presidente da República querem tanto meter no mesmo barco o PS. Porque isso dava à coligação a credibilidade que lhe falta. Mas seria o fim, a prazo, do PS...

O populismo, disfarçado de social-democracia, não convence ninguém. A globalização, responsável pela crise, deixou de ter sentido. As guerras que por toda a parte ocorrem são um fenómeno da mesma gravidade. A direita, de Blair a Sarkozy e à senhora Merkel, agora aliada aos sociais-democratas, mas não só, não é mais suportável na zona euro como foi nos últimos anos.

Por isso, o manifesto dos 74 causou tanto medo ao Governo e ainda faz, sobretudo quando tantos estrangeiros responsáveis o aplaudem. O medo também levou o partido do Governo a expulsar António Capucho e mais 139 militantes sociais-democratas mas não populistas, como é evidente.

A direita no Governo nem sequer é apoiada pelos bancos, que sabem bem que precisam de mão--de-obra e de empresas e que não saiam do País as melhores cabeças académicas, que o partido populista continua a destruir. A corrupção, que este Governo tem proporcionado e que hoje é clara, está também a desacreditar profundamente o Governo e o Presidente.

Perceber que todas as classes sociais gritam contra o Governo - dos militares aos académicos, dos professores aos médicos, aos funcionários públicos e havendo cada vez mais cortes nas pensões - é algo que não pode deixar de impressionar toda a gente honesta. Porque ricos ou pobres sofrem com isso, mais tarde ou mais cedo.

Esta coligação não tem remédio. E o Presidente da República, pela falta de coragem que o caracteriza, tornou-se o maior responsável de todos.
(...)» [DN]
   
Autor:
 
Mário Soares.
   
   
 Agora é que os russos vão abandonar a Crimeia
   
«É um ultimato, e dos fortes. As ucranianas acabaram de declarar um ‘não redondo’ ao sexo com os russos caso as tensões e conflitos na Crimeia não terminem. O movimento ‘Don't Give it to a Russian’ tenta convencer o maior número de cidadãs da Ucrânia, conta o The Atlantic.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Pode ser que se virem para os portugueses.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a sugestão.»
  
 A anedota do dia
   
«Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, assegurou esta terça-feira que o Governo não tem qualquer intenção de cortar mais salários e pensões para cumprir os objetivos do défice (2,5% do PIB) para 2015 e acusou o PS de "assustar a sociedade", perspetivando, por outro lado, uma redução da despesa pública, bem como um aumento da receital fiscal, tal como o primeiro-ministro adiantara na véspera.

O dirigente 'laranja' falava nas jornadas parlamentares, que decorreram durante dois dias em Viseu, e deixou um repto a António José Seguro: "Vamos jogar limpo no debate político. Não é verdade que venham aí mais cortes nos rendimentos dos portugueses."» [DN]
   
Parecer:

Isto para os lados do PSD está a ficar uma banda desenhada.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Mais um serviço de finanças
   
«"Em 2014 será criado ao nível da Autoridade Tributária um serviço de apoio ao contribuinte", explicou Paulo Núncio, à margem da conferência 'Relações Fisco Contribuinte - Uma visão dos Tribunais, da Academia e da Administração Fiscal', depois de ter anunciado a criação do novo serviço na abertura do evento.

O governante adiantou que o objetivo do serviço de apoio ao contribuinte é o de "concentrar num único serviço todas as informações e todos os serviços que são prestados ao contribuinte" e defendeu que esta medida vai "melhorar a qualidade" e as "relações e a transparência" entre a administração fiscal e os contribuintes.» [DN]
   
Parecer:

Mas o memorando com a troika não mandava acabar com umas dezenas? Mas não é para isso tudo ue serve qualquer serviço de finanças?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
   
 A anedota do dia
   
«O bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) criticou a "publicidade encapotada" do Governo à Audi, marca escolhida para prémio da Factura da Sorte, e defendeu prémios em dinheiro ou abatimento nos impostos.

"O Governo devia ter tido a preocupação de não a fazer [publicidade] apenas a uma das marcas", disse à Lusa "Domingues Azevedo, à margem de um encontro em Lisboa sobre o tema “Relações - Fisco Contribuintes”.

A opção por uma solução financeira – como o direito do premiado deduzir no seu IRS o valor do prémio ou não pagar alguns impostos e ser devolvido o IRS descontado pela entidade patronal – seria mais vantajosa, segundo o bastonário. "Assim, não estaria a beneficiar uma marca, o que acaba por criar problemas a outras marcas da mesma gama de automóveis que se sentirão desniveladas no tratamento concedido", frisou.» [Público]
   
Parecer:

Vão aparecer filas de compradores nas portas dos stands da Audi porque todos querem ter um carro igual ao que saiu no sorteio das facturas! Para os possuidores de Audis vai ser um orgulho o vizinho deixar de ver no carro um símbolo de riqueza por estrar convencido que o carro lhe saiu na factura do barbeiro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
     

   
 VVV
   
 photo vvv-4_zps611dc98d.jpg

 photo vvv-2_zps260516f3.jpg
 
 photo vvv-5_zps01f07677.jpg

 photo vvv-1_zps4c8219db.jpg
 
 photo vvv-3_zpse6a432ff.jpg