quinta-feira, janeiro 16, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Coruche
  
 Foto Jumento
   
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A girl played with birds tied to a stick before engaging them in a fight as part of ‘Bh1ogali Bihu’ harvest festivities in Hajo, India, Tuesday. (Anupam Nath/Associated Press)
  
 Jumento do dia
    
Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transoportes

Ao defender que se deve esperar por um ambiente competitivo para privatizar a TAP este governante admite que tentou vender a TAP em circunstâncias muito estranhas, isto é, sem qualquer concorrência, o que transformaria a privatização numa venda de garagem. Por outro lado põe em causa as outras privatizações pois foram realizadas num contexto económico difícil e de forma demasiado apressada.

«O secretário de Estado dos Transportes disse hoje que o Governo aguarda um momento em que haja "suficiente ambiente competitivo" para reabrir o processo de privatização da TAP, enaltecendo o interesse "que aparentemente existe" na companhia aérea portuguesa.

"Reiteramos a vontade de, no momento em que houver suficiente ambiente competitivo, podermos reabrir o processo através da aprovação do decreto-lei e respetivas regras em Conselho de Ministros", disse Sérgio Monteiro em declarações aos jornalistas no parlamento.» [Notícias ao Minuto]

 
 O emblema do CDS pós-Mealhada (ou pós-troika)

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Aqui fica uma manifestação de solidariedade com os rapazolas de Faro que pagaram quatro refeições a mais e em vez de chamarem as autoridades foram para Faro fazer queixinhas no Facebook e pedir aos colegas da Anadia que chateiem o dono do restaurante. Esperemos que a moda peque e que sempre que alguém do PSD ou do CDS seja identificado pelo comerciante pague um acréscimo por conta do seu firme apoio à austeridade.

Pode ser que um dia em vez de serem as vítimas a terem de emigrar tenham de ser estes comedores de leitão assado.
 
 Sugestão

E porque não criar um clube de fãs do Meta dos Leitões? A oposição tem milhares de militantes, no PS há 80% de fãs do Seguro e todos juntos fizeram menos oposição do que o dono do Meta dos Leitões.
 
      
  O congresso do eu
   
«De repente tive a singular sensação de que estava num subúrbio de Pyongyang. O terreno, um pouco desolado, dava poiso a um imenso pavilhão, de onde saíam vozes, aplausos e gritos estridentes. No interior, o espaço estava organizado em função do que se pretendia ser magno acontecimento. Um palco dividido em patamares; em cada patamar sentava-se a importância de cada um e dos grupos de cada um; em baixo, os prosélitos. Tal como nas reuniões do Comité Central do Partido Comunista da Coreia do Norte. E, tal como Kim Jong-Un, o chefe distribuíra, a seu bel-prazer, os cargos e as funções, consoante as simpatias e as intimidades. Um dos escolhidos abraçou-o com grata emoção e indizível ternura. Foi um instante tão comovente que o chefe não ocultou uma furtiva lágrima e um estremecimento de amorosa simpatia.

Paulo Portas, tal Kim Jong-Un, passeou o olhar soberbo e altaneiro pelos circunstantes, tratou, com displicente desdém, Filipe Anacoreta Correia, que ousara opor-se-lhe, e aquele olhar eram balas de um fuzilamento que, por ser metafórico, não deixou de causar arrepios de terror. Quase de seguida disse: se Luís Nobre Guedes o desejar, pode sentar-se num dos lugares do Conselho Nacional. O nomeado (a quem o Marcelo chama, apenas, Luís Guedes, porque diz que Nobre é um apêndice postiço, uma espécie de pseudónimo inseguro) aparecera em Oliveira do Bairro como um círio fúnebre, desamparado e trágico. Fora, há anos, da convivência de Portas, amigos de peito e de fadário, mas uma zanga tão absurda como fatal lançara Guedes no infortúnio do ostracismo. Nunca se ressarciu do imenso desgosto, e pensa-se que o seu reaparecimento em Oliveira do Bairro se deve a um pedido de misericórdia. Tristíssimo, solitário apareceu no conclave quase com o baraço ao pescoço, até que ouviu o indulto de Portas.

Se Nobre Guedes pareceu um fantasma, movendo-se com as cautelas de um neófito, temendo as iras do chefe, Paulo Portas não está melhor. Gordo, cheio de rugas, falsa desenvoltura no andar, penteado à escova calvície mal dissimulada, o homem despencou-se, a seguir, nos discursos atrapalhados, sem o brilho de outrora, nem a firmeza costumeira do adjectivo e da sinédoque.

A "explicação" pretendida acerca da famosa "decisão irrevogável" não apagou a falta de carácter que o dito pelo não dito divulgara à puridade. Portas é o que é: o Portas que há, o Portas que se arranja.

O episódio com Filipe Anacoreta Correia, ao que me dizem pessoa estimável, é denunciador das características totalitárias de um homem que apenas deseja o poder, e não desdenha a prática da insídia e da sacanice. Na lista das perfídias estão, entre outros, Marcelo Rebelo de Sousa e Manuel Monteiro.

A desdenhosa complacência com que aceitou o pedido de indulto do pobre Luís Nobre Guedes só não tem a marca de Kim Jong-Un porque este manda logo executar quem o contradiga, e Portas apenas o envia para o purgatório do esquecimento. A reunião do CDS-PP foi isto e nada mais.» [DN]
   
Autor:
 
Baptista-Bastos.
      
 Meta dos leitões e a meta do défice
   
«Contaram congressistas do CDS que, atravessando a região da Bairrada, foram à Meta dos Leitões. Eram 15 e pagaram uma conta de 19, protestaram e receberam, dizem, esta explicação do patrão: se são do Governo que nos rouba, "então, para me defender eu também os roubo a vocês". Vou analisar essa versão dos congressistas. Temos, então, que o povo sente-se metido no espeto e assado, e considera que foi o Governo que os meteu nesta mealhada. Na verdade, quem abusou da meta do défice não pode agora queixar-se do abuso do Meta dos Leitões. Para 2013, estava acordado que a meta do défice orçamental era de 4,5 por cento - mas vai passar os 5 por cento. Podem dizer, "são décimas" - mas está errado. Por isto: metae (singular meta) eram os marcos nos circos romanos que limitavam as pistas onde corriam as quadrigas. Não podiam nunca ser ultrapassados! Mas, em vez das regras do significado das palavras, os políticos habituaram-se às regras da Federação de Atletismo: quando veem uma meta sentem-se obrigados a passá-la. No melhor dos casos, como maratonistas, desfalecendo logo a seguir, "em décimas"; mas, tendo eles dado o exemplo, o povo imita-os e ultrapassa-os, aumentando a conta do leitão em 25 por cento. A metalinguagem do comerciante teria estragado o metabolismo pacato que os congressistas esperavam ter no Meta dos Leitões. Em vez disso, talvez tenham assistido a uma metáfora sobre a metamorfose dos comerciantes em relação ao CDS.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.
   
   
 Princípio do utilizador pagador nas prisões holandesas
   
«Na Holanda, foi apresentado um projeto lei que propõe o pagamento de 16 euros por cada noite que um prisioneiro passa nas prisões do país. O Governo holandês entende que os detidos devem contribuir para o custo do seu próprio encarceramento.

Em caso de aprovação, todos os condenados pela justiça holandesa terão de pagar por cada noite passada atrás das grades, sendo que o limite máximo está definido nos 11.680 euros, o que equivale a dois anos e meio de pena. No caso de prisioneiros ainda menores, serão os responsáveis pelo jovem a assumir o pagamento.» [CM]
   
Parecer:

Os presos portugueses que se cuidem, se os liberais de pacotilha sabem disto ainda vão querer que as prisões tenham uma gestão auto-sustentada. Se copiam os holandeses um dia destes cada preso vai ter de pagar um ordenado mínimo ao Estado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Podemos andar mais tranquilos
   
«O secretário-geral dos Serviços de Informações da República Portuguesa (SIRP), Júlio Pereira, foi ontem ao Parlamento admitir que não tem meios legais para fazer uma investigação "instrusiva"- leia-se, escutas -, por forma a detetar alguma célula da Agência Nacional de Segurança (NSA), dos Estados Unidos da América, a operar em Portugal.
  
Os serviços secretos portugueses têm a CIA como interlocutor institucional dos EUA, disse Júlio Pereira, que lamentou ainda a falta de meios. O secretário-geral do SIRP chegou mesmo a adiantar que apenas 10% do total do orçamento dos serviços são dedicados a operações no terreno, com o restante a ser totalmente consumido em despesas administrativas com pessoal. » [CM]
   
Parecer:

Por aquilo que se soube do famoso espião da Onegoing quanto menos dinheiro as secretas gastarem mais tranquilos podem andar os portugueses.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Canalhas
   
«A conferência de doadores para as vítimas da guerra na Síria permitiu hoje juntar promessas de ajuda no valor de 1,8 mil milhões de euros, bastante menos que os 4,8 mil milhões de euros considerados necessários.
  
As promessas foram anunciadas pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no final da conferência, que se realizou hoje no Kuwait.
  
Desde o início da revolta lançada em março de 2011 contra o regime de Bashar al-Assad, que foi duramente reprimida e evoluiu para uma rebelião armada, a violência na Síria fez mais de 130.000 mortos e 2,4 milhões de refugiados.» [DN]
   
Parecer:

Primeiro ajudaram a al Qaeda a destruir o país, agora dão uma gorjeta a um país literalmente destruído.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
   
 Cinismo à francesa
   
«A atriz Julie Gayet, alegada amante do Presidente François Hollande, surgia no site da Academia de França em Roma como membro do júri que vai escolher os artistas que vão fazer uma residência na Villa Médicis. Mas o Ministério da Cultura terá vetado o seu nome.~

O Canard Enchaîné (um semanário satírico) revelou que Gayet, de 41 anos, estava entre os membros do júri que tinham sido escolhidos para selecionar os candidatos à residência. Um posto honorífico que, segundo o Le Figaro, implica pouco investimento de tempo é compensado com o pagamento de 30 euros por hora.

O nome de Gayet encontrava-se na lista dos membros do júri, no site da instituição, mas entretanto foi retirado. Segundo o Ministério da Cultura, nunca foi aprovado. "O seu nome foi proposto por Éric de Chassey, diretor da Academia de França em Roma - Villa Médicis, mas a ministra decidiu não a nomear. A ordem não foi assinada", segundo o curto comunicado.
A escritora Emmanuèle Berheim, vencedora do prémio Médicis em 1993, foi o nome escolhido para substituir Gayet.» [DN]
   
Parecer:
Parece que o Platini não é o único velhaco.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se à senhora que mande o rapaz à fava.»
   
 Beatificações e canonizações na hora
   
«Para tomar a decisão de declarar uma pessoa beata ou santa realiza-se longos questionários e são processos morosos, recorrendo a diversos peritos - nomeadamente a médicos quando se trata de reconhecer os milagres - e as deslocações são por vezes caras.

Além disso, muitas vezes são processos que geram desigualdades. Por exemplo, os de anulação de casamentos, nos países mais ricos ocidentais, são favorecidos em relação à causa de um santo, enquanto um inquérito para avaliar a santidade de um sacerdote ou de um laico num país pobre de África tem poucas hipóteses de ser concluído, salvo se for apoiado e ajudado financeiramente.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Digamos que o papa aderiu ao SIMPLEX.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Quanto mais ricos e letrados menos solidários
   
«O estudo ‘Literacia Social: Os Valores como Fundamento de Competência’, a ser apresentado amanhã no Palácio Nacional de Mafra, diz que mais sabe e quem mais ganha pouca importância dá à solidariedade, à justiça e aos valores democráticos, de acordo com o noticiado pelo Público.

As conclusões apuradas pelo estudo feito pela Universidade Católica em conjunto com o Instituto Luso-Ilírio para o Desenvolvimento Humano revelam que, quando questionados sobre a importância de ajudar os outros, 86,5% de pessoas com o 1º ciclo responderam afirmativamente ao passo que no caso de licenciados, mestres ou doutorados a percentagem cai para 53,1%.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Não ´+e admirar que as campanhas sejam animadas por "Popotas".
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Estude-se o relatório.»
     

   
   
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