sexta-feira, novembro 15, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Garça-branca-pequena na Ria Formosa, Faro

 Jumento do dia
    
Marco António Costa

A melhor forma que o PSD encontrou para se demarcar dessas bestialidade que é o guião de Paulo Portas foi inventar o seu próprio guião com o argumento de que está confrontando o PSD. Já imaginamos que um dia destes Passos Coelho diz a Portas que o governo vai melhorar o guião do PSD com o pouco que se aproveita do seu guião. O problema agora é saber o que andou o PSD e os seus ministros a fazer desde que receberam as sugestões que o Moedas encomendou ao FMI.

Com Passos Coelho e os ministros do PSD quase eclipsados, enquanto o CDS chama a si o protagonismo governamental Marco António talvez tenha razão, o PSD começa a comportar-se como um partido da oposição, o problema é que em vez de fazer oposição a um CDS activo opta por fazê-la em relação a um PS que anda desaparecido.

«A direção do PSD subiu a parada na utilização da concertação social para apertar o cerco ao PS. No final de uma reunião com a direção da UGT, Marco António Costa anunciou que o partido está "a recolher opiniões dos parceiros sociais sobre o guião da reforma do Estado (de Paulo Portas) para o próprio PSD construir um documento que de alguma forma colabore na reflexão".

Marco António considerou "completamente contrastante a posição de intransigência do PS de não participar em nenhuma reunião que permita discutir estas matérias" e defendeu que se se conseguir "o máximo de consenso possível isso fará seguramente de 2014 um ano crucial no diálogo interpartidário".» [Expresso]
 
 Dúvida
 
O governo aderiu ao movimento "que se lixe a troika"? Pela forma como os ministros se demarcam da troika ainda vamos ver o Passos Coelho de braço dado com Jerónimo de Sousa, coisa que não se vê desde que se juntaram para derrubar o anterior governo, o Paulo Portas a exibir um cartaz na próxima manifestação e o Lambretas à frente de um grupo de casuais anti-troika atirando cocktails Molotov à sede do FMI!
    
 Informação do INE

O morto mexeu-e!

 A verdadeira troika de que o país precisa de se livrar

A troika formada peloPSD, pelo CDS e por Cavaco Silva.

 Para conhecimento e reflexão

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 A alergia do governo à troika e ao FMI

Parece que a nova estratégia política saída das eleições autárquicas é uma alergia à troika e em especial ao FMI, a diferença deve-se ao facto de na troika estar o Tio Durão, talvez por isso os ministros do CDS se demarquem da troika enquanto os do FMI preferem desancar no FMI para poupar o fugido.

Se a subserviência em relação aos três funcionáriozecos da troika era ofensiva para a dignidade do país, esta nova postura em relação ao FMI caracterizada por um ataque sucessivo a esta organização internacional é pouco própria. Não se compreende muito bem como é que aqueles que encomendaram ao FMI uma proposta de reforma do Estado venham agora demarcar-se da organização por tudo e por nada.

Os argumentos usados pelo governo para se demarcarem do FMI em matéria salarial são ridículos, este governo desenvolveu uma política apostada na desvalorização fiscal fortemente apoiada pelo falecido António Borges, chegou mesmo a preparar um roubo aos trabalhadores com o golpe da TSU e agora quase diz que defende aumentos salariais, Passos Coelho até já admite um aumento no salário mínimo.

 Se Seguro fizesse oposição séria ao seu amigo Passos

Já tinha tratado o cão com o pêlo do próprio cão declarando que com Passos Coelho à frente do PSD ou Paulo Portas a liderar o CDS não haveria qualquer negociação com estes partidos. Não faria mais do que aquilo que essa gente fez e livrar-se-ia das manobras manhosas de Cavaco Silva.

Mas parece que Seguro anda "desaparecido".

 Nem gregos, nem celtas

A decisão irlandesa de não se sujeitar a regras da troika depois de terminado o período previsto no memorando que assinou com a troika deixou Paulo Portas reduzido à condição de português, o desastre luso vai obrigar-nos a um novo resgate e já não podemos fazer como quando fomos ao mercado na sombra da Irlanda, Portugal terá de negociar um novo resgate sem o precedente irlandês.
 
      
 O preço da desilusão
   
«A primeira vez que estive com Vítor Gaspar foi dias antes de ele apresentar o seu primeiro Orçamento do Estado completo, o de 2012. A reunião, fechada, não uma conferência de imprensa, durou 45 minutos sem grande história quase até ao fim, já que os factos eram aqueles: Portugal tinha sido chutado dos mercados de dívida e forçado a recorrer à disciplina externa. Sabia-se que o ano que vinha aí seria mau, mas a convicção geral, fundada em nada a não ser na mais pura ignorância, era de que íamos corrigir os erros, começar a desalavancar (palavra maldita, ela e o seu contrário) e em três anos estaríamos de pé.

O que fazer na economia já em 2012 para acelerar esse metabolismo era a pergunta central, mas Gaspar não avançou nada naquele encontro. Não adiantou uma medida que fosse do Orçamento. Limitou-se a descrever "os buracos colossais" e, quase no fim, perguntou o que achávamos do que aí vinha. Espantou-me o convite descarado para uma espécie de sessão de male bonding sem imperiais e futebol, em que Sócrates seria o bombo da festa e o Governo, ainda engomado, a governanta, a precetora que nos iria corrigir.

Perguntar a jornalistas o que acham é como oferecer margaridas a um enxame de abelhas. Baixei a cabeça como os alunos cábulas e esperei que outros avançassem. Porque o fiz? Por desconfiança. Tudo aquilo me pareceu incómodo. Gaspar não dissera nada sobre o Orçamento para 2012, por que raio queria vincular-nos ao nada? Os outros seguiram em frente, passaram um cheque em branco ao ministro que veio do frio. Pediram rigor, exigiram dureza, mesmo sem saber do que estavam a falar. Ajoelharam-se no altar da austeridade e pediram outra reguada.

E Gaspar deu-a - iria dar de qualquer maneira. Foi além da troika e do que seria imaginável fazer. Foi brutal, imprudente, arrogante. Há ainda quem o confunda com coragem. Assumiu todas as dívidas, mesmo as que estavam fora do perímetro do Estado e não tinham a garantia da República (esta conta surda está por fazer, embora a ser paga). No fim, antes de desertar para o bunker do Banco de Portugal, deixou o desemprego em 18% e o resto do País armadilhado e atado. Levaremos anos a sair deste nó cego que ele deu sobre o outro que Sócrates deixou. Quem chega ao mercado de trabalho com níveis de desemprego assim está condenado a uma década de penúria e desvantagem. O atraso e o medo colam-se à pele.

Hoje a economia dá alguns sinais de vida, suspiros de tísico, mas o pulso é fraquinho. Chegados aqui, quando é cada vez mais difícil pôr o espetáculo na rua - trabalhar, vender, produzir, escrever, acreditar -, lembro-me de um soneto de António Nobre: "Amigos/ Que desgraça nascer em Portugal." Logo eu que faço parte da geração que acreditou no contrário. Quanto nos custará esta desilusão? Estará dentro do budget?» [DN]
   
Autor:
 
André Macedo.
   
   
 Sinais do milagre do Super Bock
   
«Os casos de abandonos em lares de idosos continuam a aumentar. O governo diz que o reforço da legislação, que anunciou há um ano, está para breve. Por sua vez, a União das Misericórdias afirma que, enquanto isso, o número de casos de abandono de idosos continua a disparar.

O ministro da Solidariedade e da Segurança Social defendeu, há um ano no Fórum TSF, a necessidade de responsabilizar as famílias que abandonam os idosos nos hospitais e lares. No entanto, reconheceu que seria preciso implementar ainda outras medidas.» [CM]
   
Parecer:

O que seria de nós sem milagre?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
   
 As ratazanas começam a abandonar o barco
   
«O presidente do Banco BPI, Fernando Ulrich, criticou hoje o processo de reforma do Estado lançado pelo Governo, considerando que este esforço exige um período temporal muito extenso, que não acredita que seja realizável pelo atual Executivo.

"Só fala de reforma do Estado quem nunca reformou coisa nenhuma. No banco, as reformas demoram anos a fazer e há uma equipa que está junta há 30 anos", realçou o banqueiro na sua intervenção no Congresso das Comunicações, organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).

"Um governo que aterrou em junho de 2011, mais a 'troika' [Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional], como é que faria a reforma do Estado?", questionou Ulrich.

E reforçou: "Não acredito nisso. Quando os ouço a dizer isso, digo coitado. Nunca fez nenhuma reforma, nunca teve a mão na massa, porque senão sabia que isso ia durar anos".
Refira-se que o guião da reforma do Estado foi recentemente apresentado pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.

"Não andemos sempre a dar tiros nos pés, até porque estamos mais dependentes do exterior do que nunca", sublinhou o gestor.» [DN]
   
Parecer:

Parece que quem não aguentou foi o banqueiro boche.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 E cá?
   
«Teve hoje início em Hanôver, no norte da Alemanha, aquele que é o primeiro julgamento de um ex-presidente alemão: Christian Wulff, de 54 anos, responde por tráfico de influências. Membro da CDU, partido da chanceler Angela Merkel, Wulff foi o 10º presidente da Alemanha entre junho de 2010 e fevereiro de 2012.
  
Envolvido em várias revelações publicadas pelos media enquanto presidente, Wulff está hoje em tribunal para determinar se beneficiou indevidamente do pagamento de despesas de hotel por parte de um produtor de cinema seu amigo em troca de fazer lóbi a favor desse mesmo produtor junto de empresas alemãs. David Groenewold enfrenta o mesmo tipo de acusações.» [DN]
   
Parecer:

Enfim...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a juristas alemães se os negócios de Cavaco com as acções da SLN passariam impunes da Alemanha.»
   
 A anedota do dia
   
«A ministra das Finanças disse, esta quinta-feira, em Bruxelas, que "não faz sentido descartar" a possibilidade de Portugal também decidir, em 2014, sair do programa de ajustamento sem solicitar um programa cautelar, tal como decidiu hoje a Irlanda.

No final de uma reunião do Eurogrupo, marcada pelo anúncio desta quinta-feira do governo irlandês de prescindir de um programa cautelar para regressar ao mercado, Maria Luís Albuquerque evitou fazer ligações entre a decisão de Dublin e aquela que o Governo português vier a tomar, sustentando que, a sete meses da conclusão do programa, é "prematuro" traçar cenários, mas sublinhou que a saída da Irlanda sem programa é "encorajadora" e não afetará a solução que Portugal vier a analisar com os seus parceiros europeus.» [JN]
   
Parecer:

Esta senhora tem sentido de humor.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Só 1050 euros?
   
«O Tribunal de Braga condenou, esta quinta-feira, a 1050 euros de multa, um homem de 60 anos que durante seis meses ligou 6970 vezes para o número nacional de emergência, "por pura diversão" e insultando quem atendia a chamada.» [JN]
   
Parecer:

Esse idiota merecia muito pior.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se o rapaz brincar com o que é seu.»
     

   
   

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