quarta-feira, janeiro 18, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Baixa de Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Grafitti no Porto [A. Moura]
  
Jumento do dia


Álvaro Santos Pereira, Batanete da Rua da Horta Seca

Álvaro Santos Pereira pode festejar o acordo de concertação social e até engraxar Pedro Passos Coelho dizendo que foi mais do que a troika, mas a verdade é que bom ou mau este acordo pouco tem das suas ideias e deixou cair a medida que se destinava a compensar o abandono da redução da TSU, o trabalho escravo de meia hora.

O acordo pouco tem do Álvaro e mais do que uma importante medida para a competitividade serve de propaganda para um governo desorientado com os mercados financeiros e com as sondagens eleitorais, atingido pelo oportunismo no assalto ao tacho, como sucedeu com a EDP.

Com o acordo assinado o ministro assina também a sua carta de emigração e muito provavelmente será o primeiro professor desempregado a seguir a sugestão de Passos Coelho e emigrar para o conforto do Canadá. Boa viagem.
   
«Este acordo alcançado esta madrugada corria o risco de não ter o apoio da UGT que reforçou apenas estar disponível para discutir outras matérias caso o Governo retirasse a proposta da 'meia hora'. Sobre esta medida, Santos Pereira nada disse, uma vez que proferiu uma declaração e apesar da insistência dos jornalistas não deu qualquer explicação. Após uma maratona negocial de 17 horas, o secretário-geral da UGT, João Proença, afirmou que "era importante para o país que houvesse um acordo perante a crise gravíssima" que Portugal enfrenta."É evidente que é um acordo em cumprimento do memorando da 'troika' e todos sabemos que o memorando em matérias laborais é fortemente negativo.» [Dinheiro Vivo]

 Alguma concertação e nada de social

Pouco do acordo de concertação social resulta das propostas do governo, este sai derrotado depois de ter delegado nos patrões o seu papel negocial face ao falhanço do ministro da Rua da Horta Seca. O acordo são as medidas de flexibilização sem contrapartidas exigidas pelos patrões. São medidas que estão em vigor em muitas empresas sem que trabalhadores e empresários tenham pedido a ajuda do governo para negociar.

O impacto na competitividade é pouco mais do que reduzido, as medidas não afectam de igual modo todas as empresas, algumas nem serão adoptadas por uma boa parte delas e o impacto nos custos é reduzido. É fácil descontar as pontes nas férias, mas uma empresa com prazos para cumprir, seja para a entrega de uma encomenda ou para concluir uma obra, estará mais interessada em trabalhar no feriado do que em fazer uma ponte.
  
As empresas que mais beneficiam do acordo são as defendidas pelas associações empresariais, isto é, as que gostam pouco de negociar e cuja competitividade é reduzida, sendo pouco provável que venham a ser salvas por estas medidas.
      

 Até tu Barroso

«O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, exigiu hoje, em Estrasburgo, que os sacrifícios exigidos pela crise sejam repartidos equitativamente, aliviando a carga dos desfavorecidos e da classe média, e garantindo a justiça social.José Manuel Durão Barroso disse que "é preciso exigir que os sacrifícios impostos pela crise sejam repartidos de um modo mais equitativo: que não sejam sempre os mais pobres e a classe média a pagar a maior parte da fatura da crise".»

Parecer:

Até o Barroso parece estar incomodado com a política económica à Pinochet adoptada em Portugal.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao consultor do Banco de Portugal com direito a subsídios.»
  
 A nova vedeta

«“Houve um período que tinha a ver com as eleições de 2009, mas foi bastante antes,... soubemos durante as audições que havia uma relação directa entre o director da Lusa [Luís Miguel Viana], e isso era feito inclusivamente passando por cima do ministro da tutela na altura, Augusto Santos Silva”, afirmou José Manuel Fernandes durante a audiência ao grupo de trabalho que produziu o relatório de definição do serviço público de comunicação social.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Pobre Fernandes, em vez de ir tratar da figura esponjosa ataca Sócrates quando este há muito que o mandou à dita. Depois do caso das escutas a Belém este senhor devia ter emigrado para as selvagens.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  
 Não se sente o milagre do Gaspar

«Depois de semanas de recuos consecutivos, as taxas de juro da dívida portuguesa estão hoje a subir em todos os principais prazos das obrigações negociadas no mercado secundário. Os títulos a dez e a cinco anos saltaram para novos recordes da era do euro, na véspera de Portugal realizar o seu segundo leilão de dívida de curto prazo do ano.» [Público]

Parecer:

Os mercados não acreditam no governo português.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se pelo pior, quando o país se afundar em contracção económica.»


 Kalachakra: A festival of teachings and meditations [Boston.com]

Buddhist monks get their heads shaved in Bodhgaya, before the Kalachakra Buddhist festival in Bihar state, India. (Altaf QadriAssociated Press)
Indian beggars ask for alms from Buddhist devotees visiting the Mahabodhi temple, believed to be the place where Buddha attained enlightenment. (Altaf Qadri/Associated Press)
A young Buddhist monk laughs during the final day of Kalachakra Buddhist festival. (Altaf Qadri/Associated Press)
A Buddhist devotee meditates. (Altaf Qadri/Associated Press)
Buddhist monks attend a teaching session by the Dalai Lama. (Altaf Qadri/Associated Press)

   






TÍTULO 52

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